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A inclusão de jovens com necessidades especiais
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A inclusão de jovens com necessidades especiais

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08/11/2012
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A ausência do sentimento de pertencimento é um dos fatores que os levam ao risco de terem depressão e ansiedade

Os desafios na luta contra doenças crônicas ou deficiências são suficientes para comprometer o desenvolvimento de um jovem com qualidade de vida e integração social razoáveis.

Mas, ser deixado de fora, ignorado ou intimidado pelo próximo, é a principal razão pela qual os jovens com necessidades especiais de saúde relatam sintomas de ansiedade ou depressão, conforme o estudo apresentado pela Pediatric Academic Societies (PAS).

Poucas pesquisas abordam sobre ser uma vítima de bullying e como isto afeta jovens com necessidades especiais. No estudo, os pesquisadores liderados por Margaret Ellis McKenna, pesquisadora sênior em desenvolvimento comportamental na pediatria da Medical University of South Carolina, investigou o impacto do assédio moral e ostracismo, e diagnosticou a condição médica crônica que afeta o bem-estar emocional das pessoas que se encontram neste quadro.

Os participantes tinham idades entre 8 e 17 anos e foram recrutados em um hospital infantil, durante as visitas de rotina com seus médicos. Ao todo foram 109 jovens e seus pais ou responsáveis ​​responderam aos questionários com relação aos sintomas de ansiedade e depressão. Os jovens também completaram uma ferramenta de triagem que avalia se eles tinham sido assediados ou excluídos.

As principais categorias de diagnósticos encontrados nos jovens foram:

1. Déficit de atenção e hiperatividade (39%);

2. Fibrose cística (22%);

3. Diabetes tipo 1 ou tipo 2 (19%);

4. Doença falciforme (11%) e obesidade (11%);

5. Deficiência mental (11%);

7. Transtorno do espectro do autismo (9%);

8. Baixa estatura (6%).

Várias crianças tiveram uma combinação desses diagnósticos.

Os resultados das respostas dos jovens sobre os questionários mostraram que, quando eram intimidados ou colocados no ostracismo, esses candidatos tinham um aumento dos sintomas de depressão ou ansiedade.

O ostracismo foi o mais forte indicador desses sintomas. “O que é notável sobre estas descobertas é que, apesar de todos os desafios que essas crianças enfrentam em relação ao seu diagnóstico de doença crônica ou de desenvolvimento, ser intimidado ou excluído por seus colegas foram os fatores mais prováveis ​​para predizer se possuem ou não sintomas de depressão”, disse Dr. McKenna.

“Os profissionais precisam estar particularmente atentos na triagem para a presença de intimidação ou ostracismo neste grupo já vulnerável de estudantes”, acrescentou a pesquisadora. Além disso, as escolas devem ter políticas claras para prevenir e poder lidar com o bullying e ostracismo. Os estudos sugeriram programas que promovam uma cultura de inclusão com sentido de pertencimento a todos os alunos.

Traduzido e adaptado por Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatric Academic Societies (PAS) annual meeting in Boston, abril 2012

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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