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Quando a brincadeira da infância se torna um teste de resistência da maternidade
Nem adianta falar que não, porque eu sei muito bem que você já brincou disso.
E muito.
E que, como eu, adorava quando a professora apitava ou quando os meninos perdiam.
No auge da minha meninice, me esbaldava com as vitórias, mas também vibrava quando todo mundo caía, assim, um por cima do outro.
E moleca que era, nem ligava pra mão esfolada pela corda capenguenta.
Tá.
Acorde, guarde as lembranças no cantinho cerebral que cabe a elas, senta e chora.
É.
O Cabo de Guerra agora é outro.
Bem outro, viu meu bem?!
Qual?
Como assim qual?
Visualize a cena:
Você, cheia de amor e paciência, com as unhas um tanto descascadas, confesso, se agarra firme numa ponta da corda.
Na outra, ali, cheio de argumentos novos, confiança e no ápice da “Fase do Reizinho” (que não sei se existe, mas batizei assim), está àquela criaturinha antes doce, que agora resolveu que é “tudo meu”, “eu quero”, “eu decido” e “vou mostrar pra eles quem é que manda nessa joça”.
E a lembrança daquele monte de criança amontoada, rindo da vida, dá lugar a um Cabo de Guerra de Nervos, daqueles sem fim.
Tá.
Tem fim sim, mas depois de muita luta, resistência às birras, malcriações, pitis dos mais diversos, manha e frustração. Você se vê ali, agarrada na corda da paciência, do amor e da persistência.
Suada, acabada, escangalhada, mas firme.
Nem sempre. Ok, reconheço.
Mas numa sede danada de… Vitória?
Nãããão.
Numa sede danada pra que a corda nunca arrebente.
Isso sim.
E por aí???
Muito reizinho e rainhazinha???
Palavras de amor e carinho e luzes no fim do túnel são super bem aceitas.