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Chega de colheres e outras medidas
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Chega de colheres e outras medidas

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14/07/2015
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Uma das principais causas de erro de medicação é a dosagem. Erra-se na dose, e muitas vezes o erro está na prescrição feita pelos pediatras, pois usam medidas imprecisas como “colher das de sopa” ou “das de chá”, “meio copo” etc.

A Academia Americana de Pediatria (AAP) quer que os pais não aceitem mais este tipo de prescrição para medicação de seu filho. A AAP incentiva os pais, médicos e farmacêuticos a usarem apenas medidas métricas nas receitas, rótulos de medicação e copos-medida para ajudar a garantir que as crianças recebam a dose correta da medicação.

A medicação não deve ser medida em colheres de chá ou semelhantes, pois têm muitos tamanhos diferentes e não são precisas o suficiente para medir o medicamento de uma criança.

Para bebês e crianças menores, um pequeno erro – especialmente se repetidas por várias doses – pode rapidamente tornar-se tóxico. A cada ano, mais de 70 mil crianças visitam serviços de emergência nos EUA, como resultado de overdoses de medicamentos não intencionais. Um estudo recente demonstrou que os erros de medicação são significativamente menos comuns quando os pais usam dose única baseada em mililitros em vez de colheres de chá ou sopa.

Precisão na dosagem tem sido uma preocupação da Academia. A AAP já havia feito campanhas antes da Food and Drug Administration exigindo rotulagem e dosagem exclusivamente métrica. A declaração da política atualizada em 2015 recomenda:

  1. Deve ser adotada linguagem padrão, incluindo mL como a única abreviatura apropriada para mililitros. Medicamentos líquidos deve ser dosados para o mais próximo de 0,1, 0,5, ou 1 mL;
  2. A quantidade necessária de doses deve ser claramente indicada no rótulo – Linguagem comum para descrever dosagem de tantas vezes ao dia;
  3. O pediatra deve avaliar doses baseadas em mL orientando as famílias quando são prescritos;
  4. Dispositivos de dosagem (copinhos ou seringas) não deve ter marcas adicionais que podem ser confusos e não devem ser significativamente maior do que a dose especificada no medidor, para evitar erros;
  5. Os fabricantes devem eliminar da rotulagem as instruções de dosagem e dispositivos que contêm outras medidas do que as unidades métricas unidades;
  6. Seria importante a adoção de um padrão simples e universalmente reconhecido que influencie a forma como os médicos escrevem prescrições, como farmacêuticos dispensam os medicamentos líquidos e copos-medida e como os fabricantes imprimem etiquetas em seus produtos.

Autor: Dr José Luiz Setúbal.

Fonte: Pediatrics april 2015: From the American Academy of Pediatrics – COMMITTEE ON DRUGS

“Metric Units and the Preferred Dosing of Orally Administered Liquid Medications”.

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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