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De olho nas alergias!
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De olho nas alergias!

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08/12/2011
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A vida moderna trouxe uma série de comodidades e alguns problemas também. As alergias respiratórias, alimentares e de contato cresceram 18% nos últimos 10 anos, de acordo com pesquisas norte-americanas. No Brasil, a história se repete: uma criança em cada quatro sofre atualmente com o problema.

A resposta exagerada do organismo a determinadas substâncias – as reações alérgicas – levam a um processo inflamatório que acomete diferentes órgãos, como nariz, pele, olhos, pulmões e intestino.

Estudos apontam que cerca de 10 a 20% das crianças que vivem no Brasil sofrem de asma, doença inflamatória que atinge o pulmão e causa estreitamento brônquico, o que dificulta a passagem do ar.

O aumento na incidência desse tipo de problema pode ser atribuído a novos hábitos de vida, como ambientes mais fechados, pouco ensolarados e propícios ao acúmulo de alérgenos (ácaros, insetos e tecido epitelial, que protege a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais internas de animais domésticos). Outro fator seriam os níveis elevados de poluentes, que facilitam a sensibilização alergênica.

Entre os sintomas da asma estão cansaço aos esforços, crises de chiado ou um som agudo, tosse, dificuldade para respirar e até, em crises mais graves, falta de oxigênio no organismo. Além dela, outra alergia respiratória comum nos dias de hoje é a rinite, que afeta entre 20% e 25% da população urbana. Pessoas com o problema costumam apresentar coceira, espirros, obstrução nasal e coriza.

 

E quanto às alergias alimentares? Estudo recente publicado pela American Academy of Pediatrics apontou aumento de 18% nos casos de intolerância do organismo envolvendo crianças nos Estados Unidos.

A evolução das alergias alimentares é variável e depende do tipo de alimento e do grau de sensibilização do paciente. Em relação ao leite de vaca, a maioria deixa de apresentar reações após o terceiro ano de vida, mas alguns não. Para certos alimentos como castanhas, amendoim e frutos do mar, a sensibilização costuma ser persistente.

Leia também: Alergia alimentar: uma doença que vem crescendo com os hábitos modernos

Entre os alimentos que mais dão alergia nas crianças estão: leite, ovo, trigo e peixe. nos adultos, os mais problemáticos são as castanhas, o amendoim, os frutos do mar e os peixes. Os sintomas do mal incluem vômitos, diarreia e absorção intestinal, além de quadros cutâneos como eczema (inflamação da pele aguda ou crônica) e urticária (causa vergões vermelhos que coçam bastante e geralmente têm borda pálida).

A doença que mais leva crianças ao dermatologista, a alergia cutânea, como a dermatite atópica ou eczema e de contato, manifesta-se com sintomas de vermelhidão, descamação e coceira. O transtorno pode levar à lesão da pele pelas escoriações e complicar-se devido a processos infecciosos.

Também são comuns os quadros de urticária, caracterizados por coceira intensa com placas vermelhas pelo corpo e, às vezes, inchaços localizados e deformantes (angioedemas, acúmulo de líquido que atinge normalmente os olhos e a boca). Uma causa comum deste quadro é a sensibilidade a alimentos e medicamentos como anti-inflamatórios.

Vale ressaltar que as alergias são doenças determinadas geneticamente e têm tendência hereditária. Quando um pai tem alergia, a chance de ocorrência no filho é de 40%. Se ambos são alérgicos, essa possibilidade é dobrada para 80%.

Mas será que podemos nos prevenir desse tipo de problema? Não como evitar a herança genética, portanto na prevenção primária, temos que atuar para diminuir as sensibilizações, isto é, estimular a amamentação, ter hábitos de vida saudáveis, evitar ambientes com carga exagerada de alérgenos e o contato precoce com alimentos que induzam às alergias.

Na prevenção secundária, pode-se atuar diminuindo o contato com fatores desencadeantes de crises, como alérgenos (ácaros), alimentos problemáticos (ovo, peixe) e irritantes (fumaça de cigarro). Além disso, é importante fazer o tratamento preventivo indicado segundo a gravidade de cada caso. Na ocorrência da asma, por exemplo, é ideal que o tratamento seja feito de forma contínua e não somente em momento de crise.

Muitas pessoas costumam confundir a intolerância a determinados alimentos com a alergia. Ela depende de uma resposta do sistema imunológico, enquanto a intolerância está relacionada a uma deficiência enzimática (falta das pequenas moléculas de proteínas que promovem e aceleram todas as reações químicas do organismo e as comunicações intracelulares pelo sistema endócrino).

Atualizado em 15 de fevereiro de 2024

Dra. Fátima Fernandes

Dra. Fátima Fernandes

Diretora Executiva do Instituto PENSI. Graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com Residência Médica em Pediatria pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. É mestre em Alergia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo e possui MBA em Gestão em Saúde pelo IBMEC.

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mensagem enviada

  • CRISTINA disse:

    Meu filho sofre com a Dermatite Atópica desde os 3 meses de idade (hoje ele tem 9 anos), toma medicamentos que apenas amenizam o quadro. Já ouvi tanto que “com o tempo a organismo se estabiliza”, mas até agora nada. Será que meu filho vai sofrer com este problema o resto da vida? Tenho esperança que não. Me dê uma orientação, por favor…

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Cristina, sem conhecer o quadro clínico do seu pequeno não temos como afirmar qual será o tempo que o organismo do seu pequeno levará para se adaptar as condições. Recomendamos que busque auxílio com o especialista, pois apenas ele poderá indicar. Abraços.

  • marcia disse:

    ola tenho um filho com 10 anos e sairam muitas berugas nele ja deu todos os medicameto que era bom e nada resolveu como me orienta e qual seria o medicamento certo p ele acabar com elas estão crecendo casa vez mas estou precupada com isso obrigada marcia

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