PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
A experiência literária das crianças pequenas
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
A experiência literária das crianças pequenas

A experiência literária das crianças pequenas

31/10/2017
  2326   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Desde o momento do nascimento os bebês leem o mundo. A conexão entre a linguagem, a experiência literária e a vida ficam muito claras neste início, já que os bebês precisam de palavras, das vozes de seus familiares. Yolanda Reyes diz que estes diálogos estabelecidos com os bebês são o primeiro material de leitura deles. A aquisição da linguagem começa antes mesmo da primeira palavra que o bebê diz. 

Assim como a alfabetização das crianças, que começa muito antes de elas conseguirem de fato decifrar uma palavra. Nestes últimos meses as crianças da Ubá (entre 2 e 3 anos, em sua maioria) tem gostado muito de ler. Elas ainda não sabem decodificar as letras, mas reviram as páginas, interpretam imagens e repetem palavras que já ouviram naquela história. Leem.

Algumas pegam sempre os mesmos livros e já o conhecem de cor e salteado. Alteram a voz para as diferentes personagens. E nos momentos de suspense dos livros fazem paradas dramáticas, com caretas. A leitura sobretudo nos traz sensações e pode ser um ato de afeto, que tem início em casa nas histórias contadas pelas famílias.  

Na experiência literárias crianças, entendem a organização do tempo. Um tempo com começo, meio e fim. E assim, podem também prever a hora que “o lobo” vai chegar, por exemplo, e conseguem se preparar para isto. Podem sentir o medo de novo.

Alguns livros se tornam mais interessantes que outros, pois dão mais oportunidade de imaginar. Por exemplo nos livros em que a ilustração não é exatamente o que o texto diz, mas que o complementa, acrescentando na história. É na fenda, entre a não correspondência direta do texto com a ilustração do livro, que a imaginação tem seu lugar. Há que se ter a generosidade de deixar um “vazio” no livro para a criação do outro. Normalmente são estes os preferidos, os que dão vontade de voltar para reler. Por isso também é importante a escolha dos livros.

Uma das crianças na Ubá está esperando por um irmão, seu livro preferido no momento é o  “Tudo Muda” do Anthony Browne. A literatura nos dá a possibilidade de nos colocar no lugar das personagens, de viver aquela situação repetidas vezes, podendo transformar. É no encontro entre a história contada e a nossa história que criamos significado.

Nos últimos meses, o livro tem ocupado o lugar de encontro por aqui e tive vontade de compartilhar.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.