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A importância das creches e da educação infantil
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A importância das creches e da educação infantil

A importância das creches e da educação infantil

01/09/2017
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Há alguns anos fiz um curso de Liderança na Primeira Infância na Universidade de Harvard, situada em Cambridge, na região metropolitana de Boston, uma das mais ricas dos EUA. Fazia parte do curso visitas a instituições como creches e escolas de Educação infantil, e fiquei muito impressionado com o que eu vi lá. Não imaginava que em uma cidade tão rica no país mais rico do Mundo houvesse crianças que viviam na faixa da miséria. Pois elas existem e o mais impressionante é o programa (cujo nome não me lembro) do governo federal americano para que essas crianças cheguem na escola regular no mesmo nível que as mais favorecidas.

Atualmente, mais de metade das crianças menores de 5 anos nos Estados Unidos participar regularmente de algum tipo de cuidado fora de casa ou programa pré-escolar. Experiências destas crianças nessas configurações afetarão suas vidas futuras. Para muitas famílias, infelizmente, tratamento precoce de alta qualidade não está disponível ou acessível.

Em um esforço para dar passos para abordar as questões em apreço, a academia americana de Pediatria (AAP), publicou uma declaração de qualidade de educação e cuidados infantis desde o nascimento, no jardim de infância, descrevendo a importância da qualidade da educação precoce e cuidados infantis.

Quando se trata de apoiar o desenvolvimento saudável do cérebro, o tipo de cuidados é menos importante do que a qualidade dos cuidados que uma criança recebe. No entanto, alguns pais escolheram o cuidado da criança com base em fatores que pouco têm a ver com a qualidade e mais a ver com custo e conveniência.   

As mães e pais da geração Millenials (pessoas nascidas após 1990), tem desafios únicos relacionados ao acesso, e o fardo de custo é uma realidade.   No entanto, uma pesquisa sobre qualidade, cuidados intensivos e precoce de crianças em programas de educação para crianças de baixa renda confirmam os efeitos positivos duradouros — melhorar habilidades cognitivas e sociais e melhores habilidades de matemática e língua. Qualidade de cuidados com educação básica e pré-escolar podem, portanto, ser vistos como um investimento — com bons retornos!  

As crianças recebem atenção mais individual e carinho quando estão em grupos menores, e quando cada cuidador é responsável por menos crianças.

Por exemplo:

1- ​Em uma sala com 4 crianças com idades entre 13 a 35 meses, deve haver 1 cuidador treinado. Em uma sala com crianças de 5 a 8 de 13 a 35 meses, deve haver 2 cuidadores treinados. Não deve haver mais do que 8 crianças com idades entre 13 a 35 meses em uma sala. As crianças precisam de relacionamentos estáveis, positivos com seus cuidadores para prosperar, e retenção de pessoal ajuda a manter essas relações fortes.

2- Visitas regulares a partir de um consultor de saúde de cuidados de criança – Contextos educacionais de cuidados de crianças pequenas raramente têm profissionais de saúde, como uma enfermeira, na equipe de funcionários — mesmo que as crianças atendidas sejam menores, menos capaz de expressar seus sintomas e mais propenso a doenças e infecções frequentes.

Encontrar e escolher a qualidade para crianças em idade pré-escolar pode ser um desafio — e é uma das decisões mais importantes que você vai fazer como um pai. Infelizmente, na maioria das áreas não tem um “relato do consumidor” sobre o melhor tratamento disponível.

Lembre-se: Educação começa e termina em casa. Partilha de livros com as crianças, por exemplo, pode ajudar a ensiná-los a falar e preparar-se para ouvir e aprender na escola. Você também pode reforçar o que seu filho está aprendendo na creche ou pré-escola. Encontrar tempo para conversar com seus filhos sobre seus respectivos dias — incluindo o que eles fizeram na escola. Planejar algumas atividades que você pode fazer com seu filho — como um projeto de arte.

No Brasil a educação infantil (a partir dos 4 anos) já é obrigatória, assim como as creches (de zero a 4 anos) também. O que necessitamos agora é melhorar a qualidade dessas instituições para que elas possam mesmo ter o seu papel nas vidas dessas crianças, preparando-as para a escola regular e para a vida do século XXI, cada vez mais conectada.

No Instituto PENSI temos o Projeto Creches, que ajuda na formação de profissionais que trabalham em creches de São Miguel Paulista.

Saiba mais:

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/cuidando-da-crianca-na-pobreza/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/por-que-investir-no-desenvolvimento-da-primeira-infancia/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/ensinando-os-pais-para-melhorar-o-desenvolvimento-de-criancas-carentes/

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Source Council on Early Childhood (Copyright © 2017 American Academy of Pediatrics)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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