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Estou provando do meu próprio veneno.
Sou intensa.
Sou sincera.
Sou espontânea.
Aberta.
Sem papas na língua.
E sem vergonha.
Tá.
Ate aí problema meu e de quem convive comigo, que me ama e me odeia ao mesmo tempo.
Péééé.
Errado.
Pari um filho.
Que além da minha cara está herdando toda essa porção de defeitos horríveis qualidades que cabem no meu dia a dia.
Mas não joguem pedras.
Ser intenso é bom, concordo.
Mas há aí uma combinação explosiva entre intensidade e sinceridade.
Isaac fala que ama e que odeia com uma naturalidade ímpar.
E a senhora espontaneidade aniquila aqueles que são alvos do serzinho intenso e sincero que é meu filho.
A falta de vergonha – com algumas pessoas e ambientes – gera momentos avestruz e de pensamento pleno, dependendo da atitude e da palavra dita.
E tem coisa que criança não entende. Acha absurdo que um adulto fique triste ou ofendido porque ela fez o que achava certo.
E some aí o “você precisa falar o que está sentindo, meu filho”. Frase que analiso até hoje se deveria ter sido pronunciada ou não em voz alta.
Não reclamo de Isaac ser assim.
Mas ó que sinceridade, intensidade, espontaneidade, falta de vergonha e linguinha solta não formam uma boa equação nessa fase de birras e manhas e auto afirmação.