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Saiba como se dão as equações da minha vida materna
Existem equações que são fatais na maternidade.
Combinações que podem ser tão explosivas quanto a mais pura dinamite. Catastróficas como signos incompatíveis no zodíaco ou dramáticas como o remake de Carrossel.
E o que me faz pensar nesse tipo de combinação?
Acontece que, outro dia, entrei no carro, calorão, solão do meio-dia e vi ali meu estojo caído no banco do passageiro.
Faça aí as contas:
Mãe + Aquecimento global = “desculpa queridas (alisando as canetas), não queria ter deixado vocês aqui”.
Sério. Pedi perdão às canetas que estavam até moles.
Aí, te pergunto: Se eu não tivesse parido filho e tudo o que vem com o pacote, me sentiria culpada com as canetas quase assadas?
Aí, meus bens, fiquei eu refletindo sobre outros tipos de equações tão presentes quanto ao lenço umedecido nessa vida materna:
Mãe + Relógio = Coelho Branco do País das Maravilhas;
Mãe + Tempo Livre = Culpa da braba;
Mãe + Falta de tempo = Culpa das mais brabas ainda;
Mãe + Filho reclamando da escola = Fúria, dúvida e culpa;
Mãe + Avós = “ai meu deus!” ou “ainda bem que elas existem” ou “porque é mesmo que elas existem?”;
Mãe + Pediatra = “ela sabe tudo” ou “será?” ou “essa mulher tá louca, ela não sabe o que diz?”;
Mãe + Birra. [{(cabeçada na parede, culpa, desespero)}] = respira fundo que passa;
Mãe + Desfralde = “o que foi que eu fiz, senhor? o que foi que eu fiz para merecer isso?”, mas respira fundo que passa.
Mãe + Vaidade = X;
Mãe + Mãe = uma leoa louca e desvairada;
Mãe + Filho = um orgulho bobo regado por um amor besta que só faz a gente entender que a ordem dos fatores (todos) não altera o produto.