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Sem açúcar e com afeto
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Sem açúcar e com afeto

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04/07/2013
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Estudo aponta a influência da alimentação e das relações interpessoais na infância

 doces e obesidade

Parafraseando a frase de Chico Buarque de Holanda na música “com açúcar e com afeto, fiz seu doce predileto…”, introduzo a postagem de hoje com o tema do Módulo II do “Programa de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância”, realizado na semana passada no INSPER em continuação ao Módulo I realizado em março em Harvard.

Aproveitei a frase musical para falar de dois dos temas relacionados à Primeira Infância. O primeiro é sobre a obesidade infantil, que me levou a alterar o nome do título da postagem para “sem açúcar”. Como se sabe, a obesidade é uma das doenças que mais crescem na infância no século 21. Estima-se que mais de 30% das crianças e dos adolescentes têm sobrepeso no Brasil e 17% já estão obesos.

No início de fevereiro, foram divulgados os resultados de um levantamento realizado pelo Programa Meu Prato Saudável, coordenado pelo Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, no município de São Paulo, apontando que 66,3% dos entrevistados estão acima do peso, 28,9% estão obesos — sendo 19% com obesidade grau 1 (forma mais leve) e 7,2% com grau 2, e 2,7% com o grau 3, conhecido como obesidade mórbida — e 37,4% com sobrepeso.

Veja a tabela abaixo:

mais brasileiros obesos

Enquanto os alimentos ricos em açúcar e em gordura, mas pobres em nutrientes, que só eram oferecidos às crianças em ocasiões especiais, passaram a fazer parte da rotina alimentar de muitos meninos e meninas. Andar a pé ou brincar na rua deixaram de ser hábitos tão frequentes e foram substituídos pela televisão, pelo videogame, pelo computador e pelo carro. A ansiedade e o estresse para os quais a forma de escape, muitas vezes, é comer em excesso, tornaram-se comuns entre crianças.

O segundo tema muito discutido é sobre o afeto. Cada vez mais se pontua que uma infância saudável é aquela com relações interpessoais. Quem estuda o impacto da violência doméstica e da falta de interação entre a criança e outras pessoas, relata esses fatores como importantes para o estresse tóxico, que influenciará por toda a vida dela.

Terminando, fica o recado de menos açúcar, gorduras e coisas que adocem a vida da criança para mais carinho, mais afeto, mais envolvimento para que elas se tornem adultos saudáveis do ponto de vista biológico e psicológico.

Por Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Obesidade cresce rapidamente no Brasil e no mundo

Acesse: Nota 10 – Primeira Infância

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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