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Uma preocupação constante dos pais de adolescentes é com a quantidade que seus filhos dormem. Nesta fase da vida o metabolismo volta a aumentar devido ao estirão, principalmente nos meninos. Isto é facilmente observado pelo aumento do apetite para suprir a necessidade de crescimento. Nesta época, também, há mais necessidade de sono, sendo comum ver os adolescentes tirarem uma soneca à tarde.
Num interessante artigo da Pediatrics de maio, pesquisadores avaliaram um grupo de 250 adolescentes americanos de baixa renda sobre seus hábitos de sono. Para descobrir isso, os pesquisadores avaliaram estudantes do ensino médio, saudáveis e de famílias de classe média baixa que frequentavam a escola pública. Usando mapeamentos diários de sono dos alunos acompanhando os padrões de sono durante uma semana.
Participantes negros e participantes do sexo masculino dormiam menos e tinha um sono mais fragmentado. As meninas relataram uma pior qualidade de sono e mais sonolência diurna. Em suma, a maioria dos estudantes dormia menos do que as sugeridas 8 ou 9 horas por noite, com média de aproximadamente 6 horas em noites nos dias de escola. Pouco sono pode desempenhar um papel nos riscos de saúde significativos vividos por este grupo demográfico. Os autores concluem que os pediatras devem rotineiramente orientar os pacientes adolescentes sobre o seu sono, especialmente aqueles em situação de risco.
Nem sempre é fácil fazer com que adolescentes tenham uma quantidade de sono satisfatória, mas é sempre bom insistir que o sono diário não é reposta nos finais de semana e dormir uma quantidade de sono insuficiente trará prejuízos para a saúde, sem falar no rendimento escolar deste jovem. Vale a pena realçar estes aspectos nas conversas com seus filhos adolescentes.
Autor: dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Pediatrics maio 2014 – “O sono em Adolescente Saudável”