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Prá que tanto brinquedo afinal
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Prá que tanto brinquedo afinal

Prá que tanto brinquedo afinal

07/10/2016
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Em geral, “tanto” brinquedo serve para amenizar nossa ausência junto das crianças. E também porque achamos que o brinquedo tem o poder de distraí-las quando não há mais nada a fazer. E, por fim, porque a oferta é tão imensa, com tanto apelo, que é quase irresistível não querer um brinquedo (muitas vezes nós, mais do que eles). Mas este não é mais um texto para deixar você culpado. Ao contrário.

 

O brinquedo sempre fez e fará parte do universo infantil. E é para ser assim mesmo. Mas realmente hoje a oferta é tão grande que achei interessante entender um pouco mais o que é e para que serve um brinquedo. Das conversas com especialistas, alguns fatores chamaram a minha atenção e é isto que quero dividir com vocês.

 

1-Brinquedo é aquilo com que se brinca

Parece a frase mais óbvia do universo. Mas com freqüência nos esquecemos dela. “Brinquedo” é aquilo que a criança usa para brincar no sentido de interagir, de criar, de usar. Daí que ao escolher um brinquedo, prefira aquele que faz menos coisas sozinho, ou seu filho será um mero expectador de um objeto. Olha que coisa boa, aquele toco de madeira pode ser mais brinquedo que o último tipo de boneca que fala, anda, dorme, se limpa, come, dirige carro, faz compras no mercado, e coloca sua filha para dormir. Tudo sozinha (rsrsrs).

 

2- Brinquedo “educativo” necessariamente não é bom

Ufa! Porque somos impelidos sempre para uma das duas pontas desta briga: ou a comunicação nos leva para os brinquedos “da moda”, ou as pessoas que se intitulam experts nos convencem que só temos que comprar brinquedos “educativos”. Só que o brinquedo educativo pode acabar com a brincadeira. “Quem brinca, brinca por brincar”, explica Tânia Ramos Fortuna, uma estudiosa dos brinquedos e sua relação com as crianças.

A ideia de ter um brinquedo que tenha um propósito educativo ou de desenvolvimento pode cercear a imaginação e o brincar da criança porque nós adultos ficamos naquela ansiedade de ver o resultado prometido por aquele brinquedo.

 

Por outro lado, todo brinquedo tem, em sua essência, o potencial de ser “educativo”, do ponto de vista de desenvolver as habilidades cognitivas, motoras, sociais da criança, mesmo que ela quando brinca não esteja preocupada com isso.

 

Então, de novo, brinquedo é brinquedo, desde que se brinque com ele. Tendo ou não o rótulo de educativo.

 

3- Quantidade é diferente de qualidade mesmo

Outra frase clichê, mas que vivemos esquecendo. Eu tive a oportunidade de trabalhar como voluntária em serviços de assistência a famílias carentes, ou em situação de vulnerabilidade. Também conheci várias creches e abrigos infantis. E sabem de uma coisa? Em geral, especialmente em grandes cidades, inexiste a falta de brinquedos para as crianças. Em alguns locais, surpreendentemente alguns brinquedos doados são até colocados em bazares feitos por estas instituições.

O que falta é saber o que fazer com as crianças e os brinquedos.

Então, não precisa comprar brinquedos, e mais brinquedos sem fim. Ou ter o hábito (ou seria vício?) de guardar tudo, acumulando um brinquedo novo atrás do outro.

O ideal é deixar a criança ter tempo de absorver todas as possibilidades do brinquedo. Deixar alguns no armário por um tempo e depois substituir pelos que estão em uso é uma forma de renovar a brincadeira, sem o excesso de “objetos”, que acabam ficando encostados.

 

4- Sem competir com as crianças

Quando você for comprar um brinquedo, pense se está comprando para seu filho ou para você. Nós tendemos a nos aproximar daquele brinquedo que eu amava quando criança, mas não tive. “Então, meu filho tem que ter”. E esquecemos de olhar para os nossos filhos e entender do que eles gostam.

Outra coisa que acontece é comprarmos para nós brincarmos. Quem disse que uma criança de 4 anos precisa de um carro motorizado? Talvez a gente precise. Já aconteceu de você querer brincar antes do seu filho com o brinquedo novo? Então, não precisa!

 

5- Diversidade continua sendo a melhor política

E voltamos para o primeiro item deste texto para falar de o quê comprar para as crianças. Brinquedo é aquilo com que se brinca. Não tem brinquedo certo ou errado, tem aquele que melhor faz seu filho interagir, criar, experimentar todas as possibilidades.

Se um dia é uma casinha eletrônica, no outro pode ser um quebra-cabeça, no outro uma bicicleta e no outro um bloco de montar de madeira. Se um dia vocês vão juntos à loja, no outro podem ir a uma feira de troca de brinquedos e no outro podem levar os brinquedos que ele ganhou no aniversário, mas não são muito “a cara” do seu filho. E que tal, um dia brincar com o tablet e no outro brincar sem nada?

Aliás, o Dia das Crianças está aí. Já pensou no presente do seu filho? 😉

Patrícias Camargo e Marinho

Patrícias Camargo e Marinho

Patricia Marinho, publicitária de formação, é a criadora do Tempojunto, um projeto que traz dicas de brincadeiras para serem feitas em qualquer situação. Junto com sua sócia, a jornalista Patricia Camargo, querem mostrar a importância da brincadeira para as crianças e para o vínculo afetivo positivo entre pais e filhos.

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