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Correria.
Dia foi louco, final dele idem.
Compromisso agendado.
Tia Querida vem ficar com Isaac.
Ele todo animado porque a tia é daquelas loucas agitadas que fazem do mundo um lugar mais colorido.
Filhote adora.
A gente também.
Mas a mãe encarna a chata, a louca e o general ao mesmo tempo pra fazer a janta, tomar banho e se arrumar em 40 minutos.
Vamos por prioridades, tento eu me organizar.
Em vão.
Filho pede macarrão.
Toca ferver água, fazer molhinho compatível com atual situação do intestino infantil alí presente.
Foi-se o tempo. Foi-se o banho.
Tá, vou assim mesmo, se consola a mãe após uma leve cheirada no próprio suvaco (quem nunca?).
Senta.
Passa o tempo que resta insistindo pro filho comer.
E comer sozinho, espetando os fusilis de farinha integral.
Sim, somos saudáveis.
Até onde dá.
Enquanto isso, monto um lego, de peças minúsculas, driblando os cachorros que, mancomunados com menininho sem vergonha, sempre estão prontos para ajudá-lo raspar o prato.
E no meio da luta, cria olha bem nos meus olhos, coisa que não tem feito muito ultimamente, e manda:
– Quando você era divertida…
– Como assim? Não sou mais?
– Não. Não é. Você ERA divertida.
E enfiou um macarrão na boca, deixando bem claro que a conversa acabara alí.