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Estudo faz um comparativo entre a versão DTP e DTPa
Nos últimos anos, com o aumento de coqueluche entre adolescentes e adultos jovens, tem se dado mais atenção ao calendário vacinal. A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir dos 2 meses de idade com dois reforços necessários realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro reforço acontece aos 15 meses e o segundo aos 4 anos. A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos, 11 meses e 29 dias.
A vacina chamada de acelular, mais moderna e com menos reação, foi introduzida no calendário oficial em 2003, mas seria interessante checar a vacina que seu filho tomou para adotar medidas preventivas.
Durante a década de 90, os EUA mudaram o conjunto de células na vacina contra a coqueluche (na difteria, tétano e pertussis de célula inteira há a combinação de vacina DTP) para a pertussis acelluar, combinadas a DTPa. O estudo, “A eficácia comparativa de vacinas Acellular Versus Whole-Cell contra coqueluche em adolescentes”, observou os indivíduos nascidos entre 1994 e 1999, que receberam quatro vacinas contendo pertussis nos dois primeiros anos de vida. Algumas pessoas receberam a vacina DTP e outros receberam DTPa.
Os autores observaram que, durante um surto de coqueluche em 2009 e 2010, os adolescentes que receberam a tríplice tiveram seis vezes maiores riscos de contrair a coqueluche devido à imunidade, que diminuiu em comparação àqueles que receberam a vacina DTP acelular.
Entre os adolescentes que receberam a tríplice acelular (DTPa) reforço que ela não superou a vantagem na proteção contra coqueluche associada com o recebimento anterior de vacinas DTP. Os autores concluem que a pesquisa no desenvolvimento de novas vacinas contra coqueluche, com maior segurança e imunidade de longa duração é garantida.
Resumindo, aqueles que nasceram em 2003 e foram vacinados no centro de saúde público (antes desse ano, os consultórios particulares já aplicavam a vacina acelular) e converse com o pediatra para orientação em relação à necessidade de reforço ou não.
Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: “Comparative Effectiveness of Acellular Versus Whole-Cell Pertussis Vaccines in Teenagers” | Pediatrics