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Será que você sabe brincar com seus filhos?
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Será que você sabe brincar com seus filhos?

Será que você sabe brincar com seus filhos?

17/02/2015
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Gabi mira no seu alvo

Não sei se isso também acontece com você, mas eu achava que sabia brincar com crianças até ganhar meus sobrinhos, e posteriormente minhas filhas, e ver que o meu conceito de brincar com crianças estava meio equivocado. Brincar com os filhos não é simplesmente sentar e dar uma olhada enquanto eles estão ali com seus brinquedos, mas sim estabelecer conexão através das brincadeiras, mesmo que você tenha pouco tempo para isso.

O meu primeiro equívoco estava justamente em achar que eu só podia brincar quando tivesse muito tempo e cercada de brinquedos. No dia a dia, devo confessar, o tempo de brincar acabava perdendo espaço para outros “tempos” da vida, especialmente o de trabalhar, e a brincadeira ficava para depois, vencida pelo cansaço. Minha vida mudou quando comecei a perceber que todo momento junto com os filhos poderia ser um momento de brincar, desde que estivesse preparada para isso. Quer alguns exemplos? O passeio a pé até a padaria vira uma farra se estiver acompanhada da brincadeira de “Não pise na linha!” ou “Só vale pisar no preto!”. O tempo de espera no médico fica animado com brincadeiras com as mãos, como Adoleta, Bate-mão ou Guerra de Dedos. Até o engarrafamento fica mais suportável se a gente aproveita para fazer uma brincadeira de busca, que pode ser a cores (Quem vê algo vermelho? E algo amarelo?), a formas geométricas (aonde tem um triângulo? E um círculo) ou a letras (quem consegue olhar para fora e ver alguma coisa que começa com a letra A? E a letra B?). Quando a gente consegue incorporar a brincadeira no cotidiano, ao invés de esperar a hora de brincar, tudo fica mais fácil. Acabei criando o blog Tempojunto justamente para mostrar isso.

Só que lidar com o fato de ter que encontrar tempo é apenas um lado da questão saber brincar. A maternidade também me ensinou a rever minhas atitudes e ter um outro olhar para a importância do brincar. Quando a criança brinca, ela não está “fazendo nada”. Ela está descobrindo e desenvolvendo todas as suas habilidades motoras, emocionais e cognitivas. E quando a gente brinca junto, não só ajudamos a estimular este desenvolvimento, como estabelecemos conexão. Como disse a psicóloga Patricia Garcia em uma entrevista ao Tempojunto, “Com a brincadeira, os pais têm em mãos uma chave preciosa para conhecer ainda melhor os filhos e ajudá-los no seu desenvolvimento.”

Para conseguir estabelecer esta conexão, precisamos saber dar qualidade ao tempo junto e brincar como se deve. Isso é outro aprendizado. Aí vão 5 dicas, nem sempre fáceis de seguir, para conseguir brincar com qualidade, mesmo que por 10 minutos:

  1. Desligue o celular e foque no momento.
  2. Desça ao nível da criança. Sente-se no chão. Olhe a criança de frente, e não de cima.
  3. Deixe a criança escolher e liderar a brincadeira. Só assim você vai conseguir aprender com ela.
  4. Não tenha um objetivo claro. A medida do sucesso da brincadeira não é ter chegado a um resultado concreto, mas sim ter aproveitado o percurso.
  5. Se permita imaginar, se sujar e pagar mico. As risadas dos filhos vão compensar o trabalho de limpar depois.

 

Patrícia Marinho

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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