À medida que o sarampo se espalha nos EUA – não é só por aqui no Brasil ou em São Paulo, este é um fenômeno mundial -, os pediatras vão além das paredes da clínica para chegar aos pais com informações precisas para proteger as crianças. O Dr. Kyle E. Yasuda, presidente da Academia Americana de Pediatria (AAP), enviou cartas aos CEOs de três grandes empresas de tecnologia – Google (proprietária do YouTube), Facebook (proprietária do Instagram e WhatsApp) e Pinterest – destacando a crescente ameaça que a desinformação de vacinas on-line representa à saúde das crianças.
“Os pediatras estão trabalhando em nossas clínicas e em nossas comunidades, conversando com familiares sobre como as vacinas são importantes para proteger a saúde de seus filhos. Mas já não é suficiente. Nossos piores temores estão sendo percebidos à medida que surtos de sarampo se espalham pelo país. Entrei em contato com a indústria de tecnologia com um pedido urgente de trabalhar em conjunto para combater a disseminação perigosa de desinformação online de vacinas”, diz o Dr. Kile.
Embora pesquisas científicas robustas demonstrem que as vacinas são seguras, eficazes e que salvam vidas, o conteúdo impreciso e enganoso sobre as vacinas se prolifera online. À medida que os pais recorrem cada vez mais às mídias sociais para coletar informações e formar opiniões sobre a saúde de seus filhos, as consequências de informações imprecisas são exibidas off-line.
Embora o Facebook, o Google e o Pinterest tenham indicado que estão tomando medidas para lidar com as vulnerabilidades únicas em suas respectivas plataformas, a AAP pede que seja feito mais para garantir que os pais estejam equipados com informações confiáveis de fontes confirmadas sobre vacinas.
As cartas concluem com uma solicitação para conhecer e discutir maneiras pelas quais a AAP e as empresas de tecnologia podem trabalhar juntas para garantir que, ao pesquisar informações sobre vacinas, as informações encontradas on-line sejam confiáveis, informadas pela ciência e por fontes confiáveis.
“Temos uma oportunidade – e, a meu ver, uma obrigação – de trabalhar juntos para resolver essa crise de saúde pública”, escreve o Dr. Yasuda. “Será preciso compromissos em todos os setores – governo local e federal, comunidade médica e de saúde pública, e no setor de tecnologia – para fazê-lo.”
Concordo com ele, que frente a este fenômeno não tem outra solução senão todos trabalhando em conjunto para que possamos acabar com essas ondas de fake news que atendem a interesses escusos e que prejudicam tantas crianças.
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Atualizado em 13 de janeiro de 2025