Durante a gestação o corpo da mãe se modifica de diversas maneiras para suprir todas as necessidades do bebê durante aproximadamente as 40 semanas de gestação. Ao nascer, o único alimento que bebê deverá ingerir é o leite materno até os 6 meses de vida, pelo menos. Desta forma, durante esta fase de lactação o corpo se adapta aumentando as necessidades nutricionais da mãe gradativamente à medida que aumenta a produção do leite materno.
A necessidade energética da mãe aumenta em média até 500 calorias a mais por dia para garantir a produção do leite humano para o bebê. Alguns nutrientes requerem maior atenção em virtude da sua importância para saúde materno-infantil e o aumento do seu requerimento durante a lactação. As necessidades de vitamina A, C, B6, zinco e iodo podem aumentar em aproximadamente 50% neste período por isso, a boa qualidade da alimentação da mãe é fundamental para o sucesso na amamentação.
Exemplo disso é observado com a gordura, que apesar da produção de ácidos graxos pela glândula mamária ser independente da dieta, a qualidade desses ácidos graxos do leite materno está SIM associada ao perfil gordura que a mãe ingere. Deve-se dar atenção especial à ingestão de ômega-3 (ácido linolênico), essencial para atividade anti-inflamatória, desenvolvimento cognitivo e cerebral do bebê, e até melhoria do padrão de humor materno.
Justamente por isso, é totalmente desaconselhável iniciar qualquer dieta restritiva de emagrecimento nesta fase de amamentação. A alimentação diária da nutriz deve ser composta por todas as refeições do dia, sem pular refeições como o café da manhã, almoço e jantar. O intervalo entre as refeições também pode ser preenchido por frutas in natura, derivados lácteos e cereais integrais. O almoço e o jantar repleto de alimentos coloridos e variados evitando assim monotonia alimentar e garantindo nutrientes de diferentes fontes.
Além dos alimentos, a principal bebida parceira da amamentação é a água. A ingestão de pelo menos 2 litros e 300 ml de água ao longo do dia é fundamental para o equilíbrio na produção do leite materno em quantidade adequada para o bebê.