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Na verdade, trata-se de uma busca por quem é mais seguro em determinado momento da vida
Outro dia, maridex veio me dizer o quanto fica irritado de manhã quando Isaac acorda e pede por mim e não por ele.
Vi a frustração estampada no rosto do papai e o quanto aquilo mexe com ele.
Percebo sim o quanto dói não ter todo o carinho e amor reconhecidos e entendo a insatisfação completamente.
Fico sem saber o que fazer.
Já tentei explicar que não existe essa preferência, que ele não deve levar ao pé da letra, já que Isaac está nessa fase louca (e qual não é, né?) e horas só quer a mãe, noutras só o pai.
Fácil pra alguns…
O que andei pensando é que quando acontece comigo não me dói tanto.
Vira e mexe, quando preciso despertar meu lado tirano (nem tanto, vai…) pra pegar firme na educação do pequeno, diante das birras e das choradeiras, escuto “quero o papai” ou “eu não gosto de você, gosto do papai”, mas entendo.
Até hoje, na vida adulta, quando algo não me cai bem, desejo fortemente o colo da minha mãe. Em outras ocasiões são os ouvidos do meu pai que busco.
Mas criança ainda não tem esse controle. Nem com os sentimentos. Nem com as palavras.
E recorre ao que lhe parece mais confortável, mais seguro.
Aí vem ao caso lembrar que essa diferença entre pai e mãe é enorme.
Somos seres de gêneros diferentes, criações diferentes, crenças e ideais desiguais.
Enquanto um tenta não ficar louco com todos os desafios e as novidades que englobam criar um filho, o outro pode muito bem levar algumas questões numa boa. E isso não é crime.
Não é um caminho leve, nem de terreno plano. Mas é caminhado em conjunto.
É assim que deve ser, não?
mensagem enviada
Esta situação é complicada quando os pais moram juntos, mas e quando os pais são separados?
Passo as vezes pela situação de na porta da escola ir buscá-lo e ouvir: ” já disse que não quero que venha me bucar toda vez, quero o papai” (revezo com o pai alguns dias da semana, fora o fim de semana)