Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

A importância dos primeiros mil dias de vida

primeiros mil dias de vida

Os primeiros mil dias de vida compreendem desde o momento da concepção do indivíduo até os dois anos de idade da criança. São 270 dias da gestação, mais 365 dias do primeiro ano de vida somados aos 365 dias do segundo ano.

Segundo a UNICEF é “um período único de oportunidade, quando são estabelecidas as bases da saúde, crescimento e desenvolvimento neurológicos ideais durante toda a vida útil”.

Já a Sociedade Paulista de Pediatria reforça “a importância dos primeiros mil dias na vida da criança, como uma janela de oportunidades na construção da saúde futura e capital humano”.

Para o americano James Heckman que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2000 complementa: “investir nos anos iniciais das crianças é o caminho para o país crescer”.

É nesta fase crucial de oportunidades que as células cerebrais têm a capacidade de realizar milhões de conexões a cada segundo numa velocidade única, jamais ocorrida em qualquer outra fase no ser humano. Essas conexões terão grande impacto para o funcionamento e a aprendizagem do cérebro e serão determinantes não apenas para o desenvolvimento infantil, mas para toda a vida do indivíduo.

Não há dúvidas quanto a influência dos fatores genéticos e ambientais durante todo o processo de crescimento e desenvolvimento da criança, porém uma adequada alimentação, higiene, habitação e os cuidados gerais com a criança, atuarão positivamente neste processo.

Esta situação já se mostrou presente em diversos estudos, onde compararam crianças de diferentes raças, que mantendo as mesmas condições ambientais, de alimentação e de proteção contra as infecções, apresentavam curvas de crescimento semelhantes.

Programas eficazes de desenvolvimento infantil como a campanha #Primeiros Momentos Importam lançada em 2017 pelo  Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF),  Avanços do Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257, de 8 de março de 2016), campanhas da Sociedade Brasileira de Pediatria, devem ser apoiadas e implementadas por todos, em especial pelo pediatra, para que se solidifique esta fase de ouro em nossas crianças.

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