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A sensação espetacular de ser “tia”
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A sensação espetacular de ser “tia”

A sensação espetacular de ser “tia”

21/09/2012
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Acredite! O resultado de ser tratada dessa maneira pelos pequenos é realmente indescritível

Os meus pais me criaram daquele jeito que não podia chamar a mãe dos amigos ou professoras de “tia”. O título servia só para as tias de verdade, as irmãs do meu pai e a irmã da minha mãe. Não sei se estou 100% de acordo com essa conduta, mas sei que eu tinha dificuldade em chamar pelo nome algumas mães de amigos que todo mundo tratava como tia, sabem? Achava até meio nerd ser a única a chamar alguém pelo nome. E assim cresci, com algumas dúvidas de como me dirigir à alguém, mas sem grandes traumas ou prejuízos.

O próximo capítulo dessa história, vocês já sabem: eu tive filhos. E, agora, entendo que “tia” é mais do que um título ou um parentesco. A atitude se refere a uma relação importante de afeto e carinho. Claro que só é tia quem é irmã do pai ou da mãe, mas temos um costume, algo cultural, de fazer com que as nossas crianças se refiram às queridas não parentes como suas “tias”.

Só que eu tenho loucura para ser tia, mas não tenho NENHUM sobrinho. Do jeito que a coisa anda, é capaz que eu me torne avó antes mesmo de ser tia (brincadeira! Foi só uma maneira de provocar os responsáveis a me darem logo um sobrinho ou sobrinha). Ser mãe é muito especial, mas não tenho dúvidas de que ser tia deve ser uma experiência deliciosa, até pelo clichê de curtir a criança, estragá-la, aproveitá-la e depois devolvê-la suja, com sono e cansada.

E daí? Ainda dá para sair, tomar uma cerveja, dormir de madrugada, acordar de tarde, sem compromisso. Basta apenas lembrar dos momentos gostosos, engraçados e cheios de risadinhas, não é tios e tias?

Mas, como eu disse, tive filhos e a minha conduta como mãe nem sempre se assemelha à dos meus pais. Mas, nesse caso, o meu comportamento se iguala. Quando os meus filhos vão para a casa de um amiguinho, dou milhares de recomendações e, no final, sempre oriento:

– Qualquer coisa, fala com a Fulana. Ela é a mãe do seu amiguinho, uma pessoa superlegal. Pode pedir o que você precisar para ela, se estiver com sede, vontade de fazer xixi, etc.

Viram? Nada de chamar mãe de amigo de tia. ‘Tá certo assim?

Só que, outro dia, uma querida amiguinha dos meus três filhos estava aqui em casa e me pediu:

TIA CAMILA, eu ‘tô com sede!

O meu chão abriu! Ela me chamou de tia! Demorei a dar o suco para a menina, pois queria abraçar e beijar a fofa de tão feliz que fiquei por ter sido chamada dessa maneira e nessa situação. Talvez, seja algo corriqueiro, uma bobagem de um costume cultural, mas tinha o tal do carinho e do afeto, eu sei que tinha. Adoçou o meu ouvido e o meu coração. Ouvir “mamãe” é muito bom, mas “tia” foi incrivelmente indescritível.

Então, fiquem à vontade! Os meus sobrinhos virtuais, os de coração e os de verdade que ainda virão, encham a boca e me chamem de tia quantas vezes quiserem ou precisarem. A titia estará sempre às ordens!


Originalmente postado em: Mamãe tá Ocupada

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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