Os médicos também devem estar preparados para cuidar dos outros problemas do paciente, não só da audição

No recente I º Congresso Sabará de Especialidades Pediátricas teve uma mesa que abordou os aspectos da surdez na infância. Os assuntos discutidos foram de diagnósticos, tratamento e surdez, cirurgias de implantes cocleares e outras alternativas, que estão surgindo para a correção da audição, assim como o tratamento de Fonoterapia de aprendizagem da fala desses pacientes.

Aproximadamente uma em cada 1.000 crianças é surda ou possui severas dificuldades de audição desde o nascimento. A prevalência aumenta para cerca de 1,6 por 1.000, em adolescentes.

A prestação de cuidados para este grupo de crianças apresenta desafios especiais para os profissionais. Para permitir que uma consulta médica prossiga com sucesso e satisfação dos pacientes, é essencial que os médicos estejam cientes dos problemas que afligem essas pessoas, além do óbvio problema médico.

Os profissionais de saúde devem estar cientes da possível maior incidência de comorbidades, abuso sexual e psicológico, problemas sociais, das armadilhas e a maior frequência de erros médicos.

Para isso, precisamos de profissionais preparados e bem formados para que evitemos problemas maiores a estas pessoas. Este, acreditamos que seja o papel de uma instituição de saúde.

Por Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: European Journal of Pediatrics
Anika S. Smeijers, Martina H. Ens-Dokkum, Beppie van den Bogaerde e Anne Marie Oudesluys-Murphy – Vol. 170 Nro. 11 Página: 1359-1363 Dados da Publicação: 2011/01/11