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Elas geram risadas inesperadas e piadas que perduram em nossas vidas
Gargalhada de filho é uma delícia.
É remédio.
Renovação.
Motivação.
Presente.
Alívio.
É sol pros dias nublados.
Tá.
Toda mãe sabe disso.
Mas, eu acho que não há vitória ou satisfação plena nessa vida que não seja aquela de receber um sorriso, uma risadinha ou uma gargalhada.
E eu não tô falando de cócegas.
Falo daqueles momentos mais que espontâneos onde a mãe se torna palhaça, personagem de piada ou simplesmente tem um momento bobo e feliz com a cria.
Explico.
Isaac é um tagarela.
Presta uma atenção louca nas palavras. Pergunta os significados.
E se é alguma novidade pro vocabulário, pede pra gente repetir, ensinar, explicar.
E daí que outro dia estávamos andando por aí e vimos muito lixo na rua.
Logo, pequeno quis pegar algo no chão e eu – já indignada com a imundice – meio que surtei:
– Não meu filho! É sujo! Não pega isso não!
Ele olhou bem pra mim e não perdoou:
– Por quê?
– Porque as pessoas jogam o lixo na rua, que fica muito suja.
– Por quê?
– Porque é um povo porco que não tem educação e não sabe onde fica a lata do lixo.
Pronto.
Imaginação do Isaac foi lááááá no fundo do mar e encontrou um ser metade polvo e metade suíno, todo imundo, jogando lixo por todos os lados e procurando a bendita lixeira.
Olhou bem pra mim e caiu na gargalhada, lógico.
E rimos juntos.
Mas daí que a gente tem que explicar, né? A diferença que um L faz…
– Isaac, povo é quando falamos de pessoas. Polllllllvo é aquele bicho cheio de pernas que vive no mar.
Aí me vira a coisa fofa e imita:
– Polllllllllvo????
E ri, assim, de escorrer lágrima, jogando a cabeça pra trás.
E a mãe palhaça aproveita:
– Povo e não polllllllvo. O polllllllvo até que é limpinho….
A cria ri e continua:
– Pollllllllvo???? Hahahahahahahah!
Detalhe: já tem três dias e a piada ainda não perdeu a graça.
Que não perca nunca, né filhão?!?!