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Bronca nos filhos dos outros, pode?
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Bronca nos filhos dos outros, pode?

Bronca nos filhos dos outros, pode?

08/06/2012
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Você chamaria a atenção de uma criança, se ela estivesse incomodando os outros pequenos?

Não me contive. Não aguentei. Não deixei passar.

Olha só: estávamos no clube em um domingo de manhã, um dia lindo de sol, aproveitando a piscina com as crianças. Mais especificamente, na piscina das crianças. Bem rasinha, segura, lotada de pequenos e até de bebês, todos acompanhados de algum adulto.

Em um certo momento, aparece um menino de uns 7, 8 anos, sozinho e do tipo “chatinho”. Ficava correndo de um lado para o outro, quase atropelando e derrubando as crianças bem menores do que ele, jogava água em todo mundo, tirava os brinquedos das mãos dos pequenos, tudo bem inadequado. Dava para ver a “tensão” dos outros pais diante da proximidade do moleque.

Até que vejo ele jogando água em uma menina fofa de tudo, de uns 3 anos e o pai dela olha feio e fala sério para o menino:

– Chega! Agora você vai parar de jogar água. Acabou.

Ele não foi bravo, não deu bronca, só chamou a atenção com seriedade, afinal o menino estava realmente passando dos limites com todo mundo.

Logo em seguida, o moleque resolveu pegar um dos brinquedos dos meus filhos. Até aí, sem problemas, só que ele passou a jogar, ou melhor, atirar o brinquedo no meio das crianças e, se acertasse alguém, machucaria com certeza.

Cheguei perto e falei em tom sério:

– Acho melhor você parar de jogar esse brinquedo, porque pode atingir alguma criança e machucar.

Só isso, gente. O menino atirou o brinquedo mais uma vez e saiu andando.

Meu marido achou que não se deve dar bronca em filho dos outros em hipótese alguma. Justifico dizendo que não foi uma bronca, chamei a atenção de um menino de 7, 8 anos, sozinho em uma piscina, que fatalmente acertaria e machucaria alguma criança bem menor do que ele.

E aí, pode?


Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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mensagem enviada

  • roberta maurano disse:

    Ola, help,minha filha dedois anos,grita muito,ja tentei de tudo,mas e muito rava!!!como devo agir,nos momentos em que esta gritando?

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Roberta, encaminhamos sua dúvida ao nosso corpo clínico e em breve lhe daremos uma resposta. Abraços! 🙂

    • Equipe Sabará disse:

      Roberta, talvez sua filha precise de limites. Mostre para ela as coisas erradas no momento em que ela esta fazendo, faça isto procurando manter a calma e a autoridade.

  • Evelyn Toledo Dias disse:

    Sim, eu aprovo a chamada de atenção, com respeito e amor. Acredito que faz parte da vida – ação e reação…a criança precisa conviver com isso desde a infância – que suas atitudes afetam outras pessoas e uma vez provocada a ação, terá o retorno, positivo (carinho, elogio) ou negativo (bronca ou chamada de atenção)…simples assim…Tenho três filhos e mesmo com a minha orientação, algumas vezes, eles não atendem. Aprovo o apoio de outro adulto quando estiver certo e chamar a atenção com respeito, é claro!

  • Eliana disse:

    Acredito que pode sim!Eu tenho expêriencia como mãe e sei que tem crianças que aproveitam pelos pais estarem distantes para “Aprontar” e isso é normal.(O “mocinho” bagunceiro da história,só estava querendo chamar a atenção),então se ele percebeu que tinha alguém olhando por ele e impondo limites,mesmo não sendo os responsáveis,ele viu que não podia fazer o que quizesse naquele ambiente,e nem precisou brigar com ele,apenas chamar a sua atenção,como uma tia,uma avó,uma professora.

  • sonia nery disse:

    Achei super adequado sua postura, acho um absurdos pais que saem com os filhos e os deixam largados incomodando as pessoas sem nenhum respeito. Parabéns sua atitude foi maravilhosa, as crianças precisam de limites.

  • Lauri Sandra disse:

    Eu acho correto, principalmente nesse caso, tenho vários sobrinhos e sobrinhas aos quais eu sempre pego no pé, minha filha tem 8 meses e muitas vezes eles se debruçam, sobem em cima dela e isso chega a me irritar, principalmente quando vejo que as mães não se incomodam com a bagunça dos filhos eu do bronca, e na igreja então, quando a criançada fica correndo e gritando, eu chamo a atenção, eu fui criada para respeitar a casa dos outros e as pessoas a minha volta, então quando vejo as crianças de hoje que não respeitam nem pai nem a mãe quanto mais as outras pessoas fico imaginando o que faz os pais de hoje não educarem seus filhos simplesmente para respeitar o próximo, só assim a violência vai acabar, pois o amor e respeito ao próximo vem de casa, vem de berço.

  • Cris Chabes disse:

    Olá adorei seu post. Muito polêmico. Levei essa discussão para meu blog sobre educação dando os devidos créditos. Passe lá. Vou publicar no dia 27/07/2012
    http://redeeducacaoemfoco.blogspot.com.br/

    Eu sou professora e na escola “dar bronca” por algum comportamento indevido chega a ser normal, mas como mãe não daria bronca no filho dos outros. Como diz minha mãe…..”na hora da aflição sempre é preciso muito atenção para não perder a razão”.

    Abraços
    Cris Chabes

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Cris, ficamos muito felizes em saber que nos acompanha no blog. Fique à vontade para discutir os temas abordados por nós, em seu blog. Abraços! 🙂

  • Daniela schwery disse:

    Sei lá se pode, mas eu teria feito algo parecido também.

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