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Brownies: Como Tudo Começou
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Brownies: Como Tudo Começou

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04/03/2013
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A história vem dos cinemas e foi parar diretamente na cozinha

Receita de Brownie

Dia desses, me juntei com uma amiga minha da faculdade que, como eu, abandonou o cinema pelos doces. Quem via de longe já devia imaginar, afinal, nossos programas cinematográficos mais serviam como uma bela desculpa para cozinhar e comer a qualquer outra coisa.

Acho que tudo começou com o queijo quente que imitamos de uma cena de Benny & Joon, e fomos escalando progressivamente para uma tradição que percorreu a faculdade toda quando vimos um filme na 28ª mostra de cinema internacional, cujo nome nem me lembro mais (acreditem, eu tentei perguntar pro oráculo). Nessa época, ainda estávamos entusiasmadas com os filmes, tínhamos ânimo pra ver 3 ou 4 sessões no mesmo dia, seguidas, correndo pelos arredores da Paulista de um cinema pra outro.

Perdi a conta de quantos filmes vi nessa mostra e, de todos eles, esse que acabou se tornando um marco, sequer era o mais memorável. Sobre ele, sei apenas que envolvia dois meninos num apartamento fazendo brownies. Mas, sendo o filme marcante ou não, não deu outra: a gente foi logo correndo fazer o nosso. Os nossos. Até que, no último ano da faculdade, a gente nem estava tão por dentro dos filmes do Oscar, mas se reunia só pra fazer brownie pro pessoal.

Quatro anos depois, a gente reservou um feriado pra reviver nossas aventuras na cozinha. Pobre brownie, perdeu o lugar para sobremesas complexas com elementos múltiplos como mousse de caramelo com base de suspiro de amêndoas e uma camada no topo de ganache de chocolate meio amargo, banana e cumaru. Acho que foram bem umas 4 maluquices que a gente inventou, uma de cada jeito, sem falar os jantares – salgado não conta.

Cozinhamos horrores, rimos e conversamos horrores (ou melhor, maravilhas), e eu voltei pra São Paulo feliz da vida ainda com a lembrança de cada sabor na língua, cada textura.

Mas essas coisas a gente esquece relativamente rápido, o que fica mesmo são as memórias dos desafios, os significados das nossas escolhas, do que deu errado e tivemos que arrumar, as patetadas todas, os comentários dos outros sobre os nossos doces… Enfim, tudo que eu também me lembro dos nossos dias de brownie.

E pra você que anda querendo se aventurar na cozinha, fica a minha receita de brownie, surrupiada pela minha mãe de uma revista americana há uns 30 anos, num voo para os EUA. Funciona que é uma maravilha. Só simplifiquei as explicações porque a original tinha bem umas 3 páginas e adicionei toda minha sabedoria com todos os erros que cometemos durante os anos fazendo a mesma receita.

Brownies

Receita de Brownie

Rende cerca de 24 pedaços, dependendo do tamanho que cortar.

Ingredientes:

– 225g de cacau não alcalinizado em pó (se estiver na dúvida, prefira usar um bom chocolate em pó com o maior teor de cacau que conseguir encontrar)
– 225g de manteiga sem sal (não pode ser margarina)
– 5 ovos
– 1 2/3 xícara de farinha de trigo
– 3 ¾ xícara de açúcar
– 1 colher (chá) sal
– 2 colheres (sopa) café em pó solúvel
– 2 colheres (chá) de essência de baunilha
– 225g de nozes picadas grosseiramente

Modo de preparo:

Forre uma forma de 23x33x5cm, aproximadamente, com papel alumínio e unte com manteiga, polvilhado com um pouco do cacau ou chocolate em pó (melhor que farinha nesse caso). Reserve.

Pré-aqueça o forno à 200oC.

Numa panela média, coloque a manteiga com o chocolate e leve a fogo médio, mexendo sem parar até que derreta completamente (não precisa ser em banho-maria porque chocolate em pó não derrete sozinho. Pra isso a manteiga está lá). Se você não seguiu minhas instruções e usou margarina, nesse ponto seu chocolate vai parecer que está talhado… Eu avisei! Isso acontece porque as moléculas de gordura vegetal se comportam diferentemente das moléculas de gordura animal. Mas se você fez como eu indiquei, parabéns! Agora seu chocolate vai estar parecendo uma calda homogênea e brilhosa. Tire do fogo e reserve, mexendo de vez em quando para ajudar a esfriar.

Em um potinho, esfarele com uma colher o café em pó solúvel até que esteja bem fino.

Numa tigela de batedeira, junte os ovos, o açúcar, o café e a baunilha e bata tudo muito bem em velocidade alta por 10 minutos. Esse processo vai fazer com que a mistura fique superaerada e estável para que o centro do bolo fique deliciosamente um pouco puxa-puxa, ao mesmo tempo em que incorpora bem o sabor do café e da baunilha. Não tenha preguiça de esperar!

Peneire a farinha em uma vasilha e reserve.

Quando estiver dado o tempo, o chocolate deverá estar morno. Junte-o à mistura de ovos, aos poucos, e bata em velocidade média-baixa até que esteja bem homogêneo. Se precisar, pare a batedeira e raspe as bordas e o fundo para ter certeza de que está tudo muito bem misturado.

Diminua a velocidade da batedeira e acrescente a farinha peneirada aos poucos, incorporando bem à mistura. Por último, misture as nozes.

Coloque tudo na forma untada e leve ao forno por aproximadamente 30-45 minutos. Atenção: o interior não deve estar seco, e sim um pouco pegajoso, mas não líquido. A casquinha de cima vai estar bem crocante: não se preocupe, é assim mesmo. Só tome cuidado para não queimar! Se seu forno for muito quente, abaixe uns 20oºC. Mas saiba que a intenção de assar o bolo nessa temperatura é justamente formar uma casca mais dura e manter o interior bem úmido.

Deixe esfriar até temperatura ambiente, desenforme e tire o papel alumínio do brownie. Corte os pedaços com uma faca bem afiada. Para conseguir um corte liso, mantenha um rolo de papel toalha por perto e vá limpando a faca a cada corte para que não grude no bolo e arranque nacos durante o processo.

Guarde os pedaços em recipiente hermético e descubra a maravilha que faz o tempo a esse doce, ainda melhor nos segundo ou terceiro dia depois de ser feito. Mais do que isso eu não sei, nunca chegamos tão longe…

Boa sorte para não largar tudo e resolver ser confeiteira!

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Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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