PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Cama de viúvo para um bebê que cresceu?
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Cama de viúvo para um bebê que cresceu?

Cama de viúvo para um bebê que cresceu?

31/08/2012
  5214   
  4
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Uma cama não tão grande quanto a de casal e não tão estreita como a de solteiro, mas ideal para um menino que se mexe além do normal

cama-de-viuvo-para-um-menino

As dimensões que abrigavam e aconchegavam aquele corpinho fofo de bebê durante o sono, repentinamente ficaram pequenas. Ele mesmo me “contou” durante algumas noites seguidas, perto de completar 3 anos, fazendo-me ouvir batidas de braços e pernas nas grades de laca branca.

Providenciei uma cama nas tais medidas de “viúvo”, nem uma cama de solteiro e nem uma de casal. Viúvo. De-tes-to o termo, mas assim que ela é. Grande, espaçosa e confortável para uma criança, de tamanho suficiente até que ele (meu filho) resolva casar e sair de casa lá pelos 35, 40 anos. Dei-lhe a colher de chá da caminha de rodinha embaixo, para os seus amigos e primos. Até hoje, apenas uma irmã e uma avó quiseram testá-la, ou a culpa é da sua mãe que ainda acha uma grande responsabilidade trazer os filhos alheios para passar à noite aqui.

A cama recebeu uma manta de tricô azul marinho, daquelas de tranças. Coisa de rapaz, para o meu ex-bebê, agora nem tão fofo, mas troncudinho, quase musculoso. Sem as deliciosas dobrinhas, porém alto e forte acima da curva.

Providenciei uma mesinha de cabeceira, com abajurzinho, livrinhos, bloquinhos de desenho, um porta-lápis e algum carrinho para enfeitar. Foi tudo muito cuidadoso, pensado e especial, já que aquela mesinha um dia ficou ao meu lado, abrigando as minhas coisas durante os meus primeiros anos de casada. Feio mesmo foram as grades removíveis. Coisa temporária, pensei, até ele se acostumar com o “camão” perpendicular à parede do quarto.

Se antes eu ouvia bracinhos e pernas, ainda com um resquício de dobrinhas, batendo nas grades do antigo berço, passei a ouvir brinquedos e abajur caindo durante a madrugada. Estes mesmos, os da produção da minha ex-mesinha de cabeceira. Tirei tudo, até o porta-retratos e adotei o estilo “clean”. Branco, simplista, minimalista, como quiserem. Aliás, que bobagem, de que serve uma mesinha de cabeceira vazia? Não sei, mas ficou lá.

As noites voltaram a ser silenciosas, nada de brinquedo sendo estapeado e caindo no chão às 3, 4 da manhã.

Faça chuva ou faça sol, levanto todas as noites para dar um check nas crianças e cobri-las. Em uma dessas ocasiões, encontro a cama de viúvo com a colcha azul marinho vazia. Grades no chão. Menino idem. Encolhidinho, de lado, mãozinhas entrelaçadas apoiando as bochechas já não mais gorduchas de bebê. Aparentemente bem, afinal dormia. Um sábio homeopata costumava dizer: “não mexa em criança que está dormindo, criança que dorme, está bem”. Mas eu mexi. Filho que se mexe mais do que um terremoto, derruba as grades removíveis da cama (olha que não é fácil, hein?!), cai no chão, não faz barulho, não chora, não merece passar o resto da noite assim, por mais macio e limpinho que seja o carpete.

E assim são algumas noites. Surpresas sem aviso ou barulho. Já liberei a mesinha e ando pensando em cercar de vez a cama. Você prefere, Joaquim?

Originalmente postado em: Mamãe tá Ocupada

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mensagem enviada

  • Joilson Neto disse:

    Boa tarde Camila,
    Você deve estar achando estranho um comentário de um homem aqui, mas estou buscando informações sobre cama infantil e me deparo com esse seu texto, super interessante por sinal. Bom, eu tenho um filho de 5 anos e moramos sozinhos. Ele já vem exigindo uma cama há um tempo, mas não sei como escolher uma que de adapte a ele, que é grandinho para a idade que tem. Você e eu sabemos como são os homens pra essas coisas né?
    Pela internet encontrei vários sites para a compra, entre eles esse aqui http://www.mobly.com.br/infantil/camas/, mas ainda preciso de ajuda.
    Poderia me dar esse Help?
    Abraços!

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Joilson. Essa preocupação da aquisição da cama é super comum para quase todos os pais e mães que eu conheço. No entanto, não sou muito fã das caminhas infantis pelo fato de que elas duram pouco. No seu caso, como você contou que o seu filho já está com 5 anos e é grandinho, a cama duraria menos ainda e, na minha opinião, não considero essas caminhas o melhor investimento. A minha filha mais velha herdou a cama de solteiro do meu marido, uma cama boa, grande e que vai durar até ela se tronar uma adulta. Já para os meninos, comprei camas grandes e boas também, inclusive com bicama e baú, o que me liberou um bom espaço nos armários, já que consigo guardar toda a roupa de cama deles lá. A adaptação que precisei fazer foi de colocar grades e deu muito certo, por isso te recomendo essa opção ao invés das caminhas infantis. Eu sei que elas são fofas e despertam o maior interesse de meninos e meninas, mas você pode fazer isso também com colchas, edredons, almofadas e bichinhos de pelúcia. Espero ter ajudado! Qualquer coisa, estou à disposição.

      Att.,
      Camila

  • Rosângela disse:

    Boa noite Camila!

    Tenho o mesmo problema com meu filho, nunca consegui deixa-lo no berço de tanto que se mexia. Com 1 ano e 7 meses comprei uma cama de casal pra ele.
    Falta essa grade onde você comprou? se puder me forneça site ou tel., por enquanto a grade dele sou eu.

    abraços.
    Rosângela

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.