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Como os bebês vão parar dentro das mães?
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Como os bebês vão parar dentro das mães?

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03/02/2012
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Existem certas respostas que são difíceis de dar às crianças…

Os meus filhos já parecem ter entendido um pouco sobre alguns funcionamentos do corpo humano.

Vejam só: quando comem, sabem que a comida vai parar na barriga.

– “Olha, Mamãe, a minha barriguinha tá cheia de brócolis!” (Tudo bem, essa fala é meio mentirosa, ninguém eeenche a barriga de brócolis, mas eles entenderam parte do caminho que a comida percorre, ok?).

Isso parece até meio besta, mas quem disse que a gente nasce sabendo para onde vai a comida? Porque para a barriga e não à cabeça? Ou para o pé? Isso é a nossa lógica, pensamento de adulto, definido como “pensamento operacional formal” pelo Piaget. Mas até chegarmos nisso, podem acreditar que foi um longo percurso e processo, coisa que não se atinge do dia para a noite.

Outra coisa que eles já entenderam é que quando a barriga fica enooorme, tem um bebezinho lá dentro, portanto a mulher está grávida e vai nascer uma criança.

Os três têm brincado de ficarem “grávidos”, colocam bonecas e bichinhos de pelúcia debaixo da camiseta e saem falando que têm um bebê na barriga. (Obviamente, tenho explicado bastante que só as mulheres ficam grávidas, mas brincar, simbolizar e fantasiar faz parte dos processos de conhecimento da infância, portanto não vejo mal nenhum os meninos fazerem esse tipo de brincadeira).

O alimento ir parar na barriga e ela ficar grande por estar grávida são duas coisas separadas nas cabecinhas dos meus filhos, já pude notar. Ninguém acha que se comer brócolis, vai ficar grávida de brócolis e nascer um bebê brócolis. São dois processos diferentes, eles entendem isso.

Agora é que vem o problema. A comida vai parar na barriga, porque comemos, mas e o bebê? Como vai parar lá dentro? E como sai? O que a gente responde quando surgirem essas perguntas difíceis e cabeludas? Quando elas surgem? As crianças estão cada vez mais precoces e “antecipadoras” das fases do desenvolvimento, principalmente quanto às curiosidades e argumentação toda…

Na teoria, eu sei responder, mas na prática, acho que vou ficar branca de nervoso e de dúvida e, depois, roxa de vergonha de tocar nesse assunto e ter que ficar dando explicações. (Sim, tenho pudores, dificuldades e constrangimentos!).

Fico me imaginando falando assim: “ o Papai e a Mamãe estavam namorando, daí o Papai botou uma sementinha na barriga da Mamãe, a sementinha foi crescendo, a barriga também e é daí que vêm os bebês, entendeu?”. Acho que não é mais assim que se fala… Coisa mais fora de moda…

Originalmente postado em: http://bit.ly/Am6EUq

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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