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Um estudo feito revela que devido à aparência semelhante, muitos confundiram remédio com doce
Mais de uma criança do jardim da infância em cada quatro e um em cada cinco professores tinham dificuldades de distinguir medicamentos de doces. O levantamento foi feito por duas alunas da sétima séria que apresentaram suas conclusões na Academia Americana de Pediatria (AAP) e Conferência Nacional de Exposições, em Boston, nos Estados Unidos.
Casey Gittelman e Eleanor Bispo realizaram o estudo, “Doce ou Medicamento: Podem as crianças dizer a diferença?”, em Ayer Ensino Fundamental no subúrbio de Cincinnati, Ohio.
As meninas obtiveram um armário de remédios do Centro de Informação Toxicológica de Cincinnati Children’s Hospital Medical, com uma mistura de 20 doces e medicamentos. Elas selecionaram aleatoriamente 30 professores e 30 alunos do jardim de infância e pediram-lhes que identificassem os itens do móvel como balas ou remédios. Levou-se em consideração também que muitas crianças mais novas eram incapazes de ler. Além disso, os participantes foram entrevistados sobre como armazenavam os comprimidos em casa e como era o uso diário deles.
Foi de 71% a porcentagem de estudantes que distinguiram corretamente doce de medicamento e de 78% a de professores. Os alunos que não sabiam ler foram piores na separação entre balas e remédios em comparação aos que sabiam ler.
Os erros mais comuns entre professores e alunos foram não saber diferenciar os remédios dos M & M’s (balas de chocolate) e os doces mais confundidos foram os redondos, aqueles semelhante em cor e brilho e os sem marcações distinguíveis. Além disso, 78% dos 60 estudantes e educadores disseram que os medicamentos em suas casas não eram trancados ou ficavam fora de alcance de crianças.
“Descobrimos que nem professores nem alunos armazenam seus medicamentos de forma adequada em casa”, disse Gittelman. As autoras do estudo recomendam intervenções para educar as famílias sobre as práticas de armazenamento seguro de medicamentos e o desenvolvimento de remédios com aparências distintas para reduzir a ingestão acidental.
Tradução e adaptação: Dr José Luiz Setúbal
Fonte: American Academy of Pediatrics (AAP) National Conference and Exhibition in Boston
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