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Cuidados com o coração dos pequenos
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Cuidados com o coração dos pequenos

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07/03/2012
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Saiba mais sobre o tratamento de doenças cardíacas no Brasil

Os defeitos cardíacos congênitos são alterações na estrutura do coração e dos grandes vasos sanguíneos dos recém-nascidos e atingem em cada 1000 nascidos vivos, cerca de 8 a 10 crianças. Estas doenças são uma das principais causas de morte, no primeiro ano de vida. Elas são responsáveis por 40% dos óbitos em períodos ou condições antes e depois do parto; 60% dos casos de morte, ocorrem após o nascimento por anomalias congênitas.

Dados do Ministério da Saúde – Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos de 2000 a 2006 mostram uma natalidade de 3 milhões de nascidos vivos por ano no Brasil. Portanto, levando em conta a incidência prevista, cerca de 24 mil crianças com cardiopatias congênitas nascem por ano e 20% delas não terão indicação cirúrgica. Aproximadamente 19 mil crianças necessitam fazer o tratamento cirúrgico por ano, no país, para doenças do coração congênitas, sem considerar aquelas que precisarão fazê-lo várias vezes durante a vida. Além disso, os pequenos podem ser acometidos de doenças infecciosas, imunológicas ou oncológicas (que causam câncer) que necessitam de tratamento cirúrgico.

A necessidade média de cirurgia cardiovascular em crianças no Brasil, portanto, é de 23 mil procedimentos por ano, fazendo parte desta estimativa, além dos novos nascimentos com doenças do coração congênitas, os casos de crianças que fazem várias cirurgias durante a vida. Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2002 foram operados 8.092 pacientes, o que evidencia um saldo negativo ou déficit de 65%, sendo que os maiores índices estão nas regiões Norte e Nordeste (93,5% e 77,4%, respectivamente) e os menores nas regiões Sul e Centro Oeste (46,4% e 57,4%, respectivamente).

Muitas crianças não sobrevivem à espera, como as portadoras de cardiopatias complexas: transposição de grandes artérias, síndrome do coração esquerdo hipoplásico (uma série de anomalias que ocorrem no lado esquerdo do coração) e outras, e necessitam intervenção cirúrgica de urgência.

Outras crianças, por apresentarem baixo risco imediato, são colocadas em segundo plano, perdendo o tempo apropriado para o tratamento cirúrgico, porém com risco de desenvolvimento de hipertensão pulmonar, dano cerebral pela hipóxia (falta de oxigênio) ou pela insuficiência cardíaca, dano miocárdico e retardo no desenvolvimento pondero estatural (peso e altura).

Nestes casos, o paciente persiste doente, gerando custos à sociedade, com qualidade de vida ruim e consequências graves a longo prazo.

A maioria dessas cardiopatias, quando tratadas cirurgicamente no tempo necessário, permite a recuperação da saúde do indivíduo e sua adequada integração à sociedade, possibilitando melhores condições intelectuais e capacidade para o trabalho.

O tempo da lista de espera é prolongado, pois, muitas vezes, seu tratamento é deixado para depois, porque alguns apresentam condições clínicas aparentemente estáveis e como surgem crianças em condições de risco de vida imediato, elas ocupam o número restrito de vagas disponíveis nos centros de tratamento do país. As pessoas que apresentam chances de se tornarem física e intelectualmente normais, perdem essa oportunidade por falta ou atraso do tratamento adequado.

Por Dra. Luciana Fonseca
Projeto de cirurgia cardíaca para o Hospital infantil Sabará

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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mensagem enviada

  • suellen soilange de oliveira disse:

    olá minha filha thauame nasceu 14/08/12 com 33 semanas, mais no pré natal nos ultrasson os batimentos normal, e depois de dois dias ela faleceu, o medico disse q tinha aparecido sobro no coração dela e ela não tav reagindo, e agora no Obto deu cardiopatia congÊnica queria saber cer5o oq é isso? pode ser erro medico q não descobriu na garvidez?

  • aline disse:

    Minha filha nasce tambem com cardiopatia chamada ATRESIA PULMONAR, hoje estamos bem em casa, mas tenho medo de algumas mudanças nela, por exemplo s vezes ela fica muito sonolenta dorme o dia todo e as vezes nao. isso é causado pela doença?

  • meu filho tem 5 dias que ele nasceu ele nasceu com cardiopatia congenita estou desesperada não estou dormindo nesse momento estou com muita dor de cabeça de tanto chorar pois ele ainda ta internado não pude pegar ele ainda nem amamentar eu quero ele aqui comigo que eu quero que vcs me ajudem o que e cardiopata o que causa tem cura eu não entendo os médicos um fala uma coisa outro fala outra me ajundem to sofrendo dmais

    • Equipe Sabará disse:

      Liliam,

      Não podemos dizer o que está acontecendo com o seu bebê, pois não o examinamos. O que podemos dizer é que tenha calma e confie nos especialistas que estão cuidando do seu filho. Converse com eles sobre suas aflições e tire todas as suas dúvidas. Abraços

  • simone disse:

    oi o meu filho tem 4 anos e ele teve hontem febre se que aseléra o coraçao ma a febre ja passou mas o coraçao continua batendo muito rapido

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Simone, recomendamos que busque auxílio médico para tratar o seu pequeno. Sem conhecer o quadro clínico dele não temos como indicar o melhor tratamento. Abraços.

  • nilda disse:

    Oi boa tarde,Minha filha nasceu dia 20/03/2014 com tetralogia de fallot,dia 28/03/2014 passou por cirurgia,Depois da cirurgia teve uma parada cardíaca 1:30,voltou bem fraquinha e Deus recolheu Minha Princesa Eterna VALENTINA….Gostaria de saber se uma dia eu vier ter outro filho qual probabilidade de ter o mesmo problema…desde já agradeço

    • Equipe Sabará disse:

      Olá Nilda, sem conhecer o seu quadro clínico não temos como informar se o seu próximo bebê sofrerá o mesmo. É importante que você busque consultas médicas e realize um pré natal completo para entender o desenvolvimento do seu pequeno. Abraços, boa sorte.

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