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Dia Mundial de Combate ao Câncer
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Dia Mundial de Combate ao Câncer

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08/04/2012
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Conheça os principais tipos da doença que atingem os pequenos e como são realizados os tratamentos

O câncer infanto-juvenil é considerado raro e corresponde entre 1% a 3% de todos os tumores malignos nas populações. Esses, crescem rapidamente, são mais invasivos, respondem melhor ao tratamento e são considerados de bom prognóstico. As taxas de cura variam entre 62% e 77% nos Estados Unidos e Europa. Estima-se que no Brasil, no ano de 2010, ocorreram cerca de 9.386 casos novos de câncer em crianças e adolescentes até aos 18 anos (Estimativa de Câncer 2010 – INCA).

A leucemia aguda é o tipo mais frequente de câncer infantil e corresponde de 25% a 35% de todos os casos da doença. A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é a mais comum, representa 75% das ocorrências e geralmente atinge crianças de 2 a 5 anos de idade. A Leucemia Mieloide Aguda (LMA), 20% dos casos na infância, é mais comum em menores de 1 ano e em maiores de 10 anos.

Os sintomas mais frequentes das leucemias são: palidez, febre prolongada, sangramentos gengivais, hematomas, aumento de gânglios (ínguas) e dores ósseas. O tratamento da doença na oncopediatria é realizado exclusivamente com quimioterapia, na maioria dos casos. Atualmente, as taxas de cura estão em torno de 80%.

Os tumores cerebrais estão em segundo lugar em termos de incidência e acometem principalmente crianças menores de 15 anos, com um pico na idade de 10 anos. Os sintomas mais comuns são: dores de cabeça, que aumentam a intensidade progressivamente, vômitos, alterações de equilíbrio, convulsões, mudanças de humor e personalidade e alterações visuais. O tratamento dos tumores cerebrais na oncopediatria são: neurocirurgia, na maioria dos casos, adicionado à quimioterapia e/ou radioterapia em alguns deles.

Os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Eles se dividem em dois grandes grupos: (1) linfomas de Hodgkin e (2) linfomas não Hodgkin. Os sintomas dos primeiros se dão pelo aumento dos gânglios (ínguas), especialmente no pescoço, axilas e outros locais, acompanhado de febre, sudorese e emagrecimento em parte dos casos. Os linfomas não Hodgkin podem ocasionar aumento de gânglios, além de tumores abdominais. O tratamento do linfoma de Hodgkin está baseado no uso de quimioterapia e radioterapia. Eles são tratados, na maior parte dos casos, exclusivamente com quimioterapia. As taxas de cura são elevadas.

Os neuroblastomas são tumores do sistema nervoso simpático, atingem principalmente crianças com menos de 7 anos. Os locais mais comuns são abdome, tórax, pescoço e próximo da coluna vertebral. Esses tipos de câncer podem se disseminar para o fígado, ossos e medula óssea. A formação do tumor no abdome e dores nos ossos são os sintomas mais frequentes. Os que estão localizados próximos à coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina; podem ocasionar paralisia definitiva, se não for diagnosticado rapidamente. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, está indicado radioterapia e transplante de medula óssea.

O tumor de Wilms nasce no rim, sendo o renal mais frequente na infância. Geralmente acomete crianças de até 10 anos de idade, manifestando-se como uma massa abdominal. Em alguns casos, o pequeno pode também apresentar sangue na urina, dores abdominais e pressão alta. O tratamento envolve quimioterapia e cirurgia. A radioterapia pode ser utilizada em casos selecionados. Atualmente, cura-se 90% das crianças portadoras do tumor de Wilms.

Os sarcomas de partes moles são tumores que podem ocorrer em músculos, articulações e gordura, dentro de cavidades como o abdome, a pelve e o tórax. Acometem crianças, adolescentes e adultos. Os sintomas mais frequentes são de aparecimento de tumor de aumento progressivo e dor local. Os sarcomas podem também surgir na cabeça, no pescoço, na área genital, nos braços e nas pernas. O tratamento deles na oncopediatria é realizado, em geral, com cirurgia e quimioterapia. Em casos selecionados a radioterapia pode ser empregada.

Os tumores ósseos apresentam dois tipos mais comuns: osteossarcoma e tumor de Ewing. O primeiro acomete ossos longos, sendo o local mais comum a região do joelho, especialmente em adolescentes. O segundo atinge ossos chatos como a bacia, costelas e escápula. Tanto crianças quanto adolescentes podem ter tumores de Ewing. O tratamento é baseado em cirurgia e quimioterapia. Esses tipos também podem necessitar de radioterapia. Na maioria dos casos, há a possibilidade de evitar amputação e preservar o membro acometido.

O retinoblastoma é um tumor ocular que é responsável por cerca de 2% a 4% dos tumores infantis. Eles podem surgir nos primeiros meses de vida e raramente acometem crianças acima dos 5 anos de idade. O retinoblastoma pode ser hereditário e atingir ambos os olhos. Crianças com história familiar devem ser examinadas por oftalmologista do nascimento até os 5 anos de idade para ser realizado o diagnóstico precoce. O principal sintoma é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho que apresentam os olhos de gato. O estrabismo e a dor nos órgãos da visão também podem ser sinais. O tratamento de tumores pequenos pode ser feito com métodos especiais na oncopediatria, que permitem a preservação do ato de enxergar. Nos casos avançados, o olho pode precisar ser retirado e a criança pode necessitar de quimioterapia e/ou radioterapia.

Por Professora Dra Beatriz Camargo

Originalmente postado em: http://bit.ly/H9bcTV

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal (CRM-SP: 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo , com Especialização na Universidade de São Paulo (USP) e Pós Graduação em Gestão na UNIFESP. Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás e David.

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