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Ele aprendeu com o Peter Pan
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Ele aprendeu com o Peter Pan

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02/07/2012
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Flexibilidade e chocolate quente talvez sejam as duas palavras certas para lidar com um pequeno que não quer crescer

Desde que começamos a tirar a fralda meses atrás, meu pequeno Tomás está numa fase um tanto engraçada, considerando seu tamanho diminuto: ele não quer crescer. É isso mesmo. Uma criança de 2 anos e meio não quer crescer, acredite você.

Já havia um tempo que essa história tinha começado, quando ele pediu para vestir uma camiseta e chorou sentidíssimo com a resposta de que aquela lá já não lhe cabia. Mas o problema, lógico, vai muito além da estatura, embora ele mesmo não saiba, e ainda que seja uma crise muito bonitinha e renda a mim e meu marido umas boas risadas de vez em quando, devemos levá-la a sério.

Não precisa ser psicólogo pra entender que a independência nesse processo de crescimento está mexendo em vários aspectos da recente vida do pequeno, que até pouco tempo era tão repleta de mamãe. Não que agora não seja, mas é que junto dos filhos nós também vamos reconquistando nossa independência, e pouco a pouco a relação quase simbiótica de mãe e filho vai ficando cada vez mais autônoma.

Foi difícil pra mim parar de fazer ele adormecer no meu colo, deixar de amamentar e levar o meu pequenininho no seu primeiro dia na escola. Mas ao mesmo tempo, eu acredito que o modo com que lidamos com esse tipo de situação contribuiu muito com o fato do Tomás ser uma criança segura, que, por exemplo, dorme na casa dos avós e padrinhos tranquilamente desde 1 ano de idade – e toda vez que eu chego em casa e meu filho não está no berço, meu coração aperta, mas eu acho ótimo que ele consiga.

Minha maior dificuldade nessa crise é justamente não abraçar a regressão do meu filho e tratá-lo como o bebezinho que ele insiste que é. Ao mesmo tempo que é gostoso aproveitar esse período em que ele me quer mais e está extremamente carinhoso, não posso esquecer de estimulá-lo com relação à mudança e ao crescimento sem correr o risco de deixá-lo desamparado nesse momento de fragilidade.

O equilíbrio entre as duas coisas é o mais complicado. Acredito que a palavra-chave para lidar com isso é flexibilidade. Flexibilidade, muita conversa e chocolate quente, porque, de verdade, o que é mais reconfortante do que um chocolate quente com marshmellow caseiro, neste friozinho de inverno?

Para o marshmellow (parece difícil mas não é!)
Rende….

– 4 folhas de gelatina em folha;
– ¼ xícara de água;
– 1/3 xícara de xarope de milho*;
– ¾ xícara de açúcar refinado;
– 1 colher (chá) essência natural de baunilha;
– 3 colheres (sopa) açúcar de confeiteiro;
– 3 colheres (sopa) amido de milho;
– Óleo vegetal para untar.

* eu uso glucose de milho (aquele transparente), porque não interfere no sabor, mas é um ingrediente um pouco mais difícil de encontrar e bem chato de trabalhar. Quem quiser tentar, acho que vale a pena, mas o xarope de milho é uma boa substituição que vai facilitar bastante sua vida.

Modo de preparo:


Em uma vasilha, misture o açúcar com o amido de milho. Unte uma forma de aproximadamente 20x28cm (ou menor, se quiser eles mais gordinhos) com óleo vegetal e polvilhe por cima a mistura de açúcar e amido. Retorne o excesso para a vasilha e reserve.

Coloque a gelatina em um recipiente com água fria e deixe hidratar por 5 minutos até que esteja mole, mas não se dissolvendo. Retire o excesso de água e transfira para uma tigela de batedeira.

Em uma panela pequena, coloque o açúcar, a água, o xarope de milho e leve ao fogo baixo. Mexa constantemente até que o açúcar esteja completamente dissolvido. Aumente o fogo para médio e não mexa mais. Quando a mistura começar a ferver, conte 5 minutos e retire do fogo (se você tiver um termômetro de doces, espere atingir 216oC, ou ponto de bala mole). Cuidado para não ferver demais!

Ligue a batedeira em velocidade baixa e vá despejando o líquido da panela vagarosamente para dentro da tigela. Aumente a velocidade, continue batendo até que a tigela esteja morna e adicione a essência de baunilha. Bata até incorporar e pare. O marshmellow deverá escorrer com certa facilidade, se demorar muito e esfriar demais, vai complicar a sua vida.

Entorne o a mistura na forma e com uma espátula untada com óleo, ajude a espalhar de forma homogênea. Se notar que está começando a grudar na espátula, coloque mais um pouquinho de óleo. Não vai ficar perfeito, mas é assim mesmo o charme das coisas caseiras.

Despeje o restante da mistura de açúcar e amido, espalhe por cima e deixe assentar por 6 horas. Retire o excesso do açúcar, mas não jogue fora. Passe uma faca em açúcar para cortar o marshmellow em cubinhos (ou use cortador de biscoitos para fazer formatos diferentes!) e cubra no restante do açúcar com amido, retirando o excesso depois.

Para o chocolate quente:

– 600 ml leite;
– 130g chocolate meio amargo;
– 70g chocolate ao leite;
– 2 paus de canela;
– Pitada de sal marinho;
– 1 colher (chá) de fécula de batata (opcional).

Modo de preparo:

Coloque os chocolates com metade do leite, a canela e o sal em uma panela ou leiteira e leve ao fogo baixo até que o chocolate esteja completamente derretido e a mistura homogênea. Dilua a fécula de batata no restante do leite (se quiser uma textura mais encorpada e aveludada) e acrescente a mistura. Mexa sempre, mantendo fogo baixo até logo antes do ponto de fervura, quando algumas bolhas vão se formar nas bordas da panela. Retire a canela, divida em 4 xícaras e coloque os marshmellows por cima!

Se o seu filho não é muito fã de chocolate amargo, pode inverter as proporções dos chocolates ou fazer a combinação que o pequeno achar mais gostoso. Mas lembre-se de que é bom tentar treinar o paladar das crianças também para coisas não muito doces.

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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