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Pesquisa revela que os pequenos aprendem melhor quando praticam atividades físicas
Desde a Grécia Antiga já se dizia “mente sã em corpo são”, e se pregava a atividade física e os estudos como o caminho para conseguir isso.
A evidência de que existe uma relação entre atividade física e desempenho escolar não é conclusiva, mas uma revisão de artigos publicados nesse campo, avalia uma grande ligação entre exercícios físicos e rendimento acadêmico das crianças. Em janeiro de 2012, foi publicado um texto sobre o assunto, nos Archives of Pediatrics and Medicine Adolescente (pesquisadores liderados por Amika Singh, PhD, da Universidade Vrije Universiteit Medical Center em EMGO Instituto de Saúde e Pesquisa Cuidados em Amsterdã, na Holanda).
De acordo a Dra. Sink: “Encontramos fortes evidências de uma relação significativa entre atividade física e desempenho acadêmico”.
Depois de pesquisar em quatro bases de dados, os pesquisadores selecionados 844 artigos potencialmente relacionados e selecionaram 14 estudos (12 foram realizadas nos Estados Unidos, 1 no Canadá e 1 na África do Sul ).
Nas pesquisas, eles revisaram as medidas adotadas para atividade física, com base nos questionários sobre exercícios físicos, participação das crianças nesse tipo de aula e no aumento da atividade nas escolas, durante o período de estudo.
Os estudos mediram o desempenho escolar por meio de depoimentos das crianças, pelo resultado das provas de conhecimentos, ou por ambos. As áreas acadêmicas incluídas foram: leitura, matemática, geografia e história.
Os pesquisadores concluíram que, embora existam poucos estudos publicados que avaliam a relação direta entre atividade física e desempenho acadêmico, existe evidência suficiente para informar que: “o exercício físico está positivamente relacionado com desenvolvimento escolar dos jovens. As pesquisas de alta qualidade apoiam essa hipótese”, escrevem eles.
Em um mundo cada vez mais sedentário, artigos como esses podem estimular os pais a incentivarem seus filhos a fazer atividades físicas e abandonarem, pelo menos por algum tempo, as telas de TV, de computadores e de videogames.
Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Archives of Pediatrics and Medicine Adolescente (Amika Singh, PhD, da Universidade Vrije Universiteit Medical em Amsterdã, na Holanda). Publicado – Jan-2012