Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Férias

As férias chegaram.

Tem pai e mãe apavorado para qualquer que seja o lado que se olhe.

Entendo perfeitamente.

A gente precisa trabalhar.

Ajeitar uma nova rotina para eles.

Confiar nos que vão cuidar e em todo o conteúdo que terão acesso nesses trinta e longos dias.

Acontece.

Todo ano.

Duas vezes.

Só que hoje em dia, as crianças têm atividades, horários estendidos, agendas cheias, estímulos vindos de todos os lados durante o período letivo.

Como resultado, mas férias, elas querem dias cheios de….

NADA.

Isaac pelo menos já entendeu que férias é o contrário dos dias normais e arrepia só de ouvir as palavras “colônia”, “cursinho”, “atividades monitoradas com outras crianças”.

Ele surta.

Diz que não.

Diz que férias é ócio.

É sentar e admirar a televisão e o vídeo game.

Passar todo o tempo que puder deitado ao lado da pilha de gibis.

Ficar ali, só contemplando o despertador desligado.

Sábio Isaac.

Está certíssimo.

Assino embaixo.

Assino. Ao mesmo tempo que louca, monto o quebra cabeça complexo até o início de agosto.

Sair da versão mobile