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Eles nos fazem rir e muitas vezes nos surpreendem com suas atitudes
Uma das melhores partes de ter filhos é a diversão que eles nos proporcionam, certo? Outro dia, na saída da escola, falei para a Manu tentar adivinhar a surpresa que tinha em casa para ela. E ainda dei a dica: “começa com a letra E!”. Na hora, ela disse:
– EME E EME!
Também me falou que gostaria de viajar para um lugar bem longe e bem frio, chamado PAULO NORTE. O raciocínio foi brilhante, já que ela disse que mora em SÃO PAULO, mas queria conhecer as “cidades parecidas”: PAULO NORTE E PAULO SUL.
Essa cabeçudinha querida é capaz de me arrancar gargalhadas inesperadas com essas conversas, mas também me faz viajar no tempo, faz com que eu me sinta uma mãe de adolescente quando ela canta, como se estivesse na balada, a música “It´s not about the money”: “Mamãe, eu adoooooro essa música! Toca lá na minha ginástica olímpica!”.
Também é capaz de me arrancar lágrimas quando nos sentamos juntas para ver o álbum de quando ela nasceu, fotos na maternidade, os primeiros dias de vida em casa, as visitas, enfim, um álbum com fotos em ordem crescente desde que veio ao mundo. O comentário dela:
– Passa muito rápido, né?!
E em seguida, me abraçou e chorou sentida de tudo, pois queria voltar a ser bebê para poder passar mais tempo comigo, ou melhor, ficar o tempo todo no colo.
Com a sensibilidade e maturidade que a definem, me pegou chorando pela casa, um dia em que eu estava bem chateada. Ela sabia o motivo do meu choro e conseguiu me consolar numa verdadeira inversão de papéis, difícil saber quem era a mãe e a filha naquele momento.
É muito divertido, mas, às vezes, também é assustador. Acho que é o tempo. Eles deixam de ser bebês e passa rápido mesmo, minha filha. Vão adquirindo personalidade, mostrando quem são e o que vieram fazer e trazer para a vida da família. Eu morro de curiosidade de ler os capítulos seguintes dessa história, mas às vezes gostaria que o livro parasse aí…
Originalmente postado em: Mamãe tá Ocupada