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17/01/2014
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Como desplugar o filho em meio a um universo onde se respira internet?

Geração tecnológica

Eu já cansei de falar que meu próximo filho virá com saída USB.
Fato.
Nossos filhos são nativos dessa coisa louca que é estar conectado de N maneiras, 100% do tempo, a tudo, a todos e ao universo, digamos assim.
E nativo que só, Isaac sempre me deixa pensativa com essa questão.
Acontece que resolvemos deixar ele um tanto longe de computadores, i-tudos, videogames e afins por um tempo.


Criança tem que ter vontade de brincar no quintal, tirar o sapato e sentir a grama, a terra. Ter vontade de pedalar, ver o sol lá fora e deitar no chão pra ver a lua e as estrelas.
Até é assim por aqui.
Mas a vontade natureba está perdendo campo pras tecnologias que vêm até Isaac como se ele fosse um imã.
E (claro que vocês já devem ter vivenciado algo parecido) ninguém precisa ensinar nada.
Nem onde liga, desliga, muda, altera, atualiza ou compra.
iPad, celular, touch, internet e YouTube começaram a fazer parte da vida do filhote num instante que nem notamos qual foi.

Muitas das conversas lá em casa são assim:

– Papai, quero o filme do Jake e os Piratas!

– Mas não está passando agora.

– Então ABAIXA da internet pra mim?!?!?!

Ou ainda:

– Mamãe, pega seu contador e liga no YouTube pra gente ver aquela parte do Madagascar 3???

Quer mais?

– Olha lá, mamãe! Acabou o dragão do playmobil…

– Isso mesmo, Isaac.

– Mas você compra um pra mim na internet.

– Como você sabe que tem na internet?

– Na internet tem tudo, mãe… (e ele até vira os olhos com tamanha ignorância materna).

Confesso que me bate uma preocupaçãozinha.
Logo eu que olho tão torto para os adolescentes de hoje, presos numa vida virtual de MSNs, Facebooks, Instagrans, vibers, slevers e etc…
Não sou contra.
Aliás, sou usuária de boa parte desses artifícios cibernéticos.
Mas quando eles chegaram à minha vida, eu já tinha maturidade e discernimento suficientes pra colocar limites, pra entender até onde ajuda e onde atrapalha.
Pra entender que a vida real, às vezes, é chata, mas é muito bacana também.
E já tinha muitos amigos de carne e osso, os quais sei o tamanho do abraço, da gargalhada e do aperto de mão até.
E meu filho que é nativo?
Já nasceu de mãe blogueira e pai viciado em programinhas para celular.
Passa os dedinhos pelas telas como se a coisa sempre tivesse sido assim. E se estressa porque o modelo antigo da mamãe ainda requer teclas.
Isaac lê livros. Adora sentir as páginas entre suas mãos.
Mas estes perdem a graça imediatamente diante de um filmezinho novo no celular ou de um novo DVD no aparelho portátil.
E ele pediu um tablet de aniversário.
TA-BLE-T, disse ele no auge de seus quase 4 anos completos.
Cabe a mim.
Cabe a nós, pais.
Entender esse mundo diferente. E se questionar.
Como adequar nossos parâmetros de educação para um espaço sem limites?
Um mundo inteiro que se abre ali, numa touch screen?
Fácil?

Nota para mim mesma: ontem o Google Street View chegou em minha cidade. Me senti pelada, verdade seja dita.

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Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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