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Lidando com filhos desobedientes
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Lidando com filhos desobedientes

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23/01/2013
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Os pais precisam de jogo de cintura para lidar com esse comportamento que pode se tornar um problema

criança desobediente

De vez em quando, a maioria das crianças desafia seus pais, pois isso faz parte do crescimento, a necessidade de testar as diretrizes dos adultos e as suas expectativas. É uma maneira para que elas aprendam a descobrir a si mesmos, expressar sua individualidade e alcançar um sentido de autonomia, como esticar as asas independentes e se envolverem em pequenos conflitos com os pais. Elas descobrem os limites das regras dos responsáveis e do seu próprio autocontrole.

Às vezes, porém, esses conflitos são mais do que perturbações pontuais e tornam-se um padrão de como os pais e as crianças interagem.

Desobediência pode ter uma variedade de causas. De vez em quando é devido às excessivas expectativas dos pais ou pode estar relacionado com temperamento difícil ou intenso de uma criança, aos problemas escolares, estresse familiar ou também aos conflitos entre seus pais.

Em alguns casos, essas crianças demonstram um padrão persistente de desobediência ao longo do desenvolvimento, a partir de seus primeiros anos. Eles podem resistir à autoridade, respondendo e desobedecendo aos pais. Em muitos casos, esse comportamento ocorre apenas em casa, em outros momentos, é um padrão com todas as figuras de autoridade (professores, babás, avós) em todas as configurações. Essa última situação, é claro, é de grande preocupação.

Alguns jovens que são geralmente cooperativos e agradáveis podem se tornar subitamente desrespeitosos e desobedientes. Isso geralmente é um sinal de que eles estão experimentando alguma confusão interna ou que um estresse significativo está ocorrendo ao seu redor, como o abuso ou o fracasso escolar. Sua hostilidade é direcionada para o alvo mais próximo e é uma maneira de lidar e expressar seus sentimentos.

Quando as crianças possuem uma longa história de ficar fora de controle, sem contar o fato de não serem cooperativas, pode ser um problema grave. Muitas crianças desobedientes não comunicam adequadamente as razões para a tristeza ou o desconforto, ou os pais são incapazes de compreender o que elas estão tentando expressar. Essa falha de comunicação, por vezes, ocorre se a criança não está recebendo a atenção suficiente, talvez, porque eles estão preocupados com suas próprias vidas, carreiras e problemas.

Como se dá o comportamento desobediente?

Para algumas crianças, o comportamento agressivo e desobediente é uma resposta à violência que veem na família. Para jovens criados em ambientes abusivos, essas atitudes podem parecer uma forma razoável de lidar com a raiva, frustração ou parecer uma maneira de resolver problemas entre as pessoas.

Muitas famílias com crianças desobedientes recorrem à violência física como uma de suas técnicas para disciplinar. Mas a punição física leva ao comportamento mais agressivo e um ciclo vicioso é estabelecido. Crianças dentro desse quadro estão em um risco muito maior de ter problemas ao longo da vida, especialmente com as relações interpessoais e de autoridade.

Como pai e mãe, você precisa ter em mente que a infância é um período vulnerável da vida. Crianças em idade escolar são egocêntricas por pensarem que todos os eventos que acontecem ao seu redor têm algo a ver com eles. Por exemplo, em famílias onde há conflitos conjugais, ocorre a má interpretação desse problema e elas concluem que têm sido ruins por causarem, supostamente, a perturbação. No processo, a autoestima pode ser afetada, sem contar as mais propensas formas de reagir de maneira inapropriada ao que acontece no seu entorno.

Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Cuidar de sua criança em idade escolar: De 5 a 12 (Copyright © 2004 da Academia Americana de Pediatria)

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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mensagem enviada

  • janete disse:

    Boa tarde!!! Gostaria de saber se é normal criança de 3 anos tomar calmante!!! Tenho uma sobrinha e ela é muito agitado e a pediatra dela receitou um calmante q ao meu ver é muito ruim para ela,pois meu cunhado usa e diz que ele fica derrubado qdo toma e ele ja tem mais de 30 anos.

    • Equipe Sabará disse:

      Oi Janete, tudo bem? Desculpe a demora em respondê-lo e obrigado pela confiança. Infelizmente não podemos dizer ao certo se a prescrição está correta, pois não pudemos avaliar a criança. De qualquer forma, se você não está satisfeita com essa medicação, sugerimos que busque uma outra orientação médica. Abraços! =)

  • Cristiane disse:

    Meu filho tem 2 anos e 6 meses, teve rejeição do pai e muita ausencia dele na gravidez e nos primeiros meses, agora o pai começou a brincar mais com ele, mesmo que estejamos casados, tenho tentando equilibrar tudo isso, claro que sofro muito, nem preciso dizer o quanto em relação à tudo, mas faz uns meses que meu filho nega veemente a ajuda do pai em qualquer atividade com ele principalmente cuidados básicos, como preparar o mama, dar banho, sair..
    Entendo que meu marido não tinha hábito de faze-lo mas agora que ele está tentando mudar meufilho não aceita, faz birras muito fortes, grita que não quer o pai e implora por mim, até diz por favor mamãe me ajuda.
    Por causa da rejeição que o pai fez por muito tempo, eu não sei o que devo fazer, pedi para o pai ter paciência para conquistar o filho, mas ele por sua vez se sente rejeitado pelo filho tb, e magoado desiste de tentar aproximação, eu tento conversar com meu filho, digo que o papai o ama, mas estou bem pedida .. me ajudem!

    Tenho 32 anos, meu marido tb, somos casados à 8 anos, tive uma gravidez inesperada com 5 anos de casada, e meu marido sempre foi claro que não queria um filho mas que ia pensar, porém quando eu engravidei, foram 9 meses muito traumaticos que eu passei, mas persisiti com paciência para o bem do meu filho acreditando que meu marido o acitaria quando ele nascesse, ele aceitou, mas pouco participou.
    Tb preciso de ajuda para esquecer os traumas da gravidez, e para prosseguir numa boa educação para meu filho.

    Aguardo aniosamente a resposta

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