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Tenho eu aprendido com a maternidade que, por mais que nós mães quisermos, nunca seremos só mães.
Explico.
A cada dia aceito mais que além de mãe – cargo que foi atribuído a mim pela natureza e por mim mesma numa escala um tantinho mais complexa – sou ser humano.
Ser humano mesmo, daqueles normais e as vezes nem tanto, sabe?
E tendo isso quase que resolvido dentro de mim, me permito ser mais humana nas ações que envolvem o Isaac.
Hoje, por exemplo, me permito responder a alguns infinitos porquês da cria com um belo e real NÃO SEI.
Isso.
Se eu não sei a resposta, digo que não sei.
(lógico que depois vou que nem uma louca procurar a resposta pra dar pra ele, me deem um desconto pois sou ser humano e não uma estátua maciça em ferro)
Se acho que é cedo demais pra discutir certos assuntos com ele, não enrolo, não invento historinha, digo que quando ele crescer vai entender tal assunto.
Tenho exposto com mais frequência minhas fraquezas.
Se o cansaço é realmente grande, explico, e peço que me deixe esticar as pernas por 20 minutos.
E dia desses, diante de um acontecimento muito triste, precisando eu colocar tudo pra fora, me permiti chorar. Chorar como uma criança.
E Isaac viu.
E veio ele me dar colo.
Alisar meu rosto e abraçar apertado.
Perguntou sobre meus motivos e respeitou quando eu disse que não queria passar toda aquela tristeza pra ele.
Ficou preocupado, dormiu de mãos dadas comigo.
E não perguntou mais sobre isso.
Lógico que não vou ficar chorando na frente dele. Até porque não faz parte do meu show.
Mas é bom saber que posso.
E é bom ensinar pra ele que eu não sou um super herói… ou um tipo de tirano invencível…
Certo?