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Maternidade X Carreira: o eterno dilema feminino
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Maternidade X Carreira: o eterno dilema feminino

Maternidade X Carreira: o eterno dilema feminino

25/05/2012
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Quem tem filho pequeno sabe o quanto ele pede atenção, às vezes, isso perturba, mas o convívio com os pais é importante para o desenvolvimento infantil

Estava eu em um momento de extrema importância da minha vida: a leitura zera QI da semana. Compromisso sério entre eu & eu mesma. Depois de terminar uma revista e concluir que eu preciso de sapatos novos, passei para a revista mais “cabeça”, que tem mais textos e menos “figuras”. É a Claudia, antiquíssima companheira e que, neste mês, traz a atriz Cláudia Abreu na capa, aquela moça que quanto mais velha fica e mais filhos tem, mais bonita me parece.

Há uma seção chamada “Dilema de Mãe”, em que uma leitora faz uma pergunta e um especialista responde. A pergunta da vez era: “Sempre brinquei com meu filho de 2 anos ao chegar do trabalho, mas fui promovida e ando esgotada. Explico a ele que tudo mudou?”. O assunto não é nenhuma novidade nesse verdadeiro dilema maternidade x carreira, mas uma frase me chamou a atenção: “A criança pequena não fica brava porque a mãe está no trabalho; ela não tolera que a mãe esteja em casa e não lhe dê atenção”.

Ouch!

Eu entendo a frase como um abraço nas mães que trabalham fora, mas para as que ficam em casa com os filhos, como é o meu caso, é um choque de realidade.

Eu tenho exatamente essa sensação descrita na frase. Se eu estou em casa, tenho que estar disponível para as crianças, aqueles serzinhos extremamente focados em seus próprios umbiguinhos. Não há motivo para atender o telefone, o porteiro, que veio checar o vazamento do lavabo; para fazer a lista do supermercado, tomar um café, sentar em frente ao computador e fazer tudo o que a internet nos oferece e consome, assistir 15 minutos de televisão, ou até para fazer xixi! Não pode, não dá, eles não deixam! E isso nada tem a ver com educação, criação ou comportamento, é uma “exigência” dessa faixa etária. É como se eles entendessem que quem está com eles está de fato à total disposição, e se trata da fase de maior egocentrismo na vida do ser humano, do meu ponto de vista. Se você está por perto, tem que sentar e brincar, não basta estar ao lado vendo TV, enquanto uma criança brinca sozinha. Claro que há (raros) momentos em que isso acontece, mas não é o mais comum. Comum mesmo é ouvir “mãe”!”, “mamãe!”, “manhêêêê” o tempo todo em que estiver com eles. (É normal para alguém andar pela casa com filho pendurado em uma das pernas? Digam-me que sim, por favor!).

Algumas estratégias são possíveis e interessantes para que a gente possa fazer as nossas coisas do dia a dia; o básico é permitir que as crianças participem e ajudem na medida em que a idade delas possa acompanhar. Manuela tem me ajudado a elaborar a lista de supermercado e anota tudo no modo “escrita espontânea”, mais lindo do mundo. Os três me ajudam a fazer o lanche, a arrumar a mochila, a separar o uniforme e até a arrumar armários!

O resto a gente deixa para o horário em que eles estão na escola ou dormindo, principalmente pelo que lembrou a especialista da coluna “Dilema de Mãe” deste mês: “Até os 7 anos, a criança vive um período crítico do desenvolvimento psíquico. O convívio com os pais consolida valores que irá carregar pela vida inteira.” E, mais um abraço: “O trabalho materno hoje traz um valor positivo para a autoestima infantil. Os pequenos se ressentem da ausência da mãe, mas, por volta dos 7 anos, orgulham-se por ela ser uma profissional bem-sucedida”.

Seja lá qual for o formato de maternidade adotado e escolhido, nunca é ou será fácil equilibrar e conciliar.

Originalmente postado em: Mamãe tá Ocupada

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal (CRM-SP: 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo , com Especialização na Universidade de São Paulo (USP) e Pós Graduação em Gestão na UNIFESP. Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás e David.

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