Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

O perigo da “Meleca Louca” ou geleca

Como sabemos, nossos filhos e netos um pouco maiores adoram as redes sociais e vivem se informando pelo YouTube, Instagram e Facebook. Nesta época de férias, com mais tempo livre e muitas vezes sem a supervisão de um adulto, eles se esbaldam.

Recebi nesta semana uma Newsletter da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) com uma informação dos perigos da geleca (a meleca caseira conhecida como slime ou amoeba) para as crianças. Parece que virou uma febre no YouTube e Instagram onde aparecem receitas que ensinam a fabricar a gosma e mostram como personalizá-la com corantes ou glitter. Depois, é só brincar de esticar a massa como se não houvesse amanhã.

Independentemente da fórmula, dois ingredientes se repetem: cola branca e água boricada. Algumas levam ainda bórax, composto químico usado como inseticida. O canal Manual do Mundo, com mais de 10 milhões de inscritos no YouTube, ensina a fazer o brinquedo com esse ingrediente, por exemplo. Existia também produtos comerciais, mas estão proibidos. A SBP, porém, alerta para riscos. Segundo Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento de Toxicologia da entidade, o manuseio do bórax pode gerar intoxicação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Ministério da Saúde, determinou em 2002 a suspensão da comercialização do brinquedo “Meleca Louca”, fabricado pela Glasslite S/A Indústria de Plásticos. O produto contém ácido bórico ou bórax, substância proibida pela Anvisa desde abril do ano passado. Apesar de o brinquedo não fazer parte dos produtos sob fiscalização da Anvisa, a proibição foi feita porque se trata de um caso de saúde pública. De acordo com a Anvisa, se este ácido for utilizado em alta concentração, pode causar intoxicação no organismo, alterações gastrointestinais, hipotermia (queda da temperatura do corpo), erupções cutâneas e insuficiência renal.

Saiba mais:

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte:

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

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