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Os pais, e até mesmo as crianças, podem decidir ou não pela análise do genoma à procura de doenças
Os testes genéticos e de triagem de menores é generalizada no Brasil e no mundo e eles são rotineiros em praticamente todos os recém-nascidos. Volta e meia somos informados que existem testes que mostram o “nosso genoma”, que revelam as doenças que teremos. Isso é um pouco exagerado e, muitas vezes, superestimado.
Na declaração política da American Academy of Pediatrics, “Ética e aspectos políticos em testes genéticos e triagem de crianças”, em conjunto com o American College of Genética Médica (ACMG), emitiram as recomendações sobre as tecnologias atualizadas, as novas utilizações de testes genéticos e a seleção.
A AAP e a ACMG concordam que o interesse da criança deve ser o principal fator sobre a possibilidade de oferecer testes e exames de apoio e rastreio obrigatório de doenças genéticas para todos os recém-nascidos. Os pais ou os responsáveis devem ter o direito de recusar o teste do pezinho após serem informados sobre os benefícios e riscos significativos e improváveis. Testes genéticos mais tardios do período de recém-nascido são feitos em crianças com deficiência intelectual, transtornos do espectro do autismo ou anomalias múltiplas para fins de diagnóstico.
Os testes genéticos de crianças mais velhas podem aumentar os dados e a expansão dos conhecimentos. Para aquelas que possuem risco genético e no início na infância, o teste é permitido com o consentimento dos pais e, quando possível, o parecer favorável delas (crianças maiores).
Dados os rápidos avanços na genética e na genômica, pediatras e outros prestadores de cuidados de saúde precisam se manter informados e atualizados sobre as melhores práticas, para que possam fornecer a melhor indicação para as crianças.
Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Pediatrics