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A Manu adora ouvir histórias de quando as pessoas eram pequenas, podem ser histórias dela, do Joaquim e do Pedro, minha, do pai dela, enfim, tendo gente conhecida e sendo uma boa história, o sucesso é garantido! E a repetição da “contação” também.
A história da vez (tem sempre uma eleita, a do momento, a da moda, né?!) era essa aqui: “A coitada da primogênita ganhou 2 irmãos de uma única vez. Como se esse fato não fosse difícil o suficiente, eles eram idênticos.
Joaquim e Pedro nunca tiveram apelidos na nossa cabeça antes de nascer. Arranjar um para “Pedro” é fácil, mas para “Joaquim” parecia mais complicado. Joca? Jô? Quim?
O Pedro, menino lindo que nasceu ratinho de tudo, cheio de sobras de pele não preenchidas, logo virou “Pedrinho” e depois “Pepê”. Assim ficou, até hoje. (Claro que mãe é um bicho estranho e arranja zilhões de apelidos para os filhos, mas nem vou compartilhar, afinal quando eles forem adolescentes, vão querer me matar bem matadinho).
Daí, a Manu resolveu o nosso problema e apelidou o Joaquim de “Quiquim”, o que permanece até hoje.
E o Pedro? Ela não nomeou, não? Naquela época, absolutamente, não.
Em um episódio bem engraçado, perguntamos a Manu como chamavam os irmãos e ela respondeu:
– Quiquim!
– Quiquim e…
Manuzinha, pensando no irmão “espelhado”, responde brilhantemente:
– Quiquim e outro Quiquim!!”
Mas, passou e o “espelho” já se quebrou. A resposta perdeu essa graça espontânea e criativa tão característica das crianças!!” Então, a contadora da vez dessa história era a minha mãe, que reproduzia a gracinha na maior empolgação. Chegando ao fim, todo mundo deu risada com a frase final: “O Quiquim e o outro Quiquim”. Mas, não terminou aí, não.
O Pedro, em um momento também brilhante, de menino praticamente caçula e observador que só ele, responde assim, no mínimo, indignado:
– Não!! O Pepê e o outro Pepê!!
(“Boa, filho!”, mentalizo aliviada!)