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A conversa com o filhote pode não dar certo, mas um pequeno castigo até que funciona
Acontece que ser mãe de um menino de quase quatro anos é cuti, cuti.
Mas também é complicado.
Já falei aqui que Isaac se encontra na fase que apelidei carinhosamente como “do reizinho”.
Já me lamentei pela falta de paciência. Já fiz quase todo o drama que me cabe.
Enfim… Estou educando o tal menininho cuti, cuti.
Vivendo cada etapa intensamente.
Presenciando todos os conflitos que uma pessoa tem ao tentar se encaixar no mundo.
E sentindo todos eles na própria pele.
Fato. Vai ser assim. Se não pra sempre, por um bom tempo.
E então, como consequência, tenho buscado alternativas, fórmulas mágicas, milagres e piedade divina para lidar com certos perrengues que nos cercam.
E, sabendo que filhote tem personalidade forte, que a fase é braba e que não podemos desistir, investi num dos ensinamentos supernanescos.
(É, aquela da TV. Podem começar a rir ou a jogar pedras).
Sim, colegas, eu sou super a favor da conversa, do carinho, do olho no olho, mas tem horas que isso não funciona.
Então, fizemos Isaac sentir na pele os erros da maneira que mais lhe atinge: tirando os seus brinquedos.
Dói.
Não é fácil ver filhote chorando, gritando, sapateando e dizendo que vai sentir falta do brinquedo perdido.
Mas é preciso. E não é simples.
Acontece que o banco de pensar não funciona mais tão bem.
Acontece que no meio de uma crise napoleônica, conversa e olho no olho só se for com a parede.
Logo, a saída “fez coisa feia perde um brinquedo” começou essa semana lá em casa.
E Isaac já perdeu três.
E também sabe muito bem que vai escolher um de volta, caso faça algo legal.
Ontem mesmo, danado, saiu da escolinha dizendo que fez muuuuitas coisas legais.
Enumerou usando os dedinhos, que não bateu nos amigos, que comeu todo o lanche e que não chorou na hora do banho.
Três façanhas? Três prêmios?
Sou boba?
Nada.
Escolheu UM pra tirar da caixa.
E o UM, muito bem explicado, por ter ficado bem e aproveitado a escolinha.
Ufa…