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Por que não uma escola nova, grande e tradicional?
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Por que não uma escola nova, grande e tradicional?

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30/03/2012
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As crianças necessitam brincar e se divertir, mas também precisam aprender a ter disciplina e respeito pelos mais velhos

Eu estudei por alguns bons e importantes anos da minha vida em uma escola bem “hipponga”. Tenho excelentes recordações das pessoas, dos professores e do ambiente todo, mas, hoje em dia, questiono um pouco. Nessa escola, o currículo era baseado em metodologias extremamente divertidas, mas nada convencionais.

Apesar das excelentes e eternas recordações, a visão que tinha do conteúdo era extremamente fraca e defasada. Sou a maior testemunha do tanto que eu tive que correr atrás e ralar para dar conta do conteúdo acadêmico “de verdade”.

Essa escola me proporcionou uma formação pessoal e individual, mas nunca nem mencionaram o termo “fração”, por exemplo. Por outro lado, eu passava os intervalos e recreios pendurada em uma mangueira centenária e enorme ou nos pés de amoras e jabuticabas.

Então, eu tive os meus filhos e precisei escolher uma escola para eles. A primeira, aquela de bairro, bem educação infantil mesmo, que te abraça e te acolhe como uma mãe. Com as crianças então… sem palavras pelo carinho e dedicação em todos os cuidados e aprendizado.

Mas esse estabelecimento de ensino, como eu disse, era pura educação infantil, que acabou para a Manu. O Joaquim e o Pedro continuam por lá, fe-li-zes da vida, mas a minha filha trocou de escola e foi para uma dessas bem grandes tradicionais, onde eu pretendo deixá-la até o momento de ir para a faculdade.

Trocar o quintal de casa por um novo e grandioso mundo não é das tarefas mais fáceis, mas ela tem enfrentado tudo com grande naturalidade e maturidade. Além de muito entusiasmo e animação, do tipo que reclama quando chega o fim de semana e não tem escola.

Nesse lugar, os alunos chamam as professoras de Dona Fulana, bem diferente de Rê, Jú e Cá, como na anterior. Os pais, passado o momento da adaptação, não podem levar os filhos até a classe, devem deixá-los em um portão e as mocinhas e mocinhos vão sozinhos ao encontro das Donas. O Hino Nacional é executado todas as sextas-feiras e esse momento inclui toda a formalidade cívica que lhe é cabido. Eu mesma não me sinto acolhida e abraçada em um lugar assim, mas estou igualmente feliz e entusiasmada com tanta novidade!

Manuzinha é praticamente chamada pelo sobrenome, tamanha a lista de “Manuelas”, mas até isso é legal. É claro que a escola tem os momentos em que as crianças se jogam na areia, na tinta e na massinha, mas o que eu estou tentando mostrar aqui é que há uma super disciplina e respeito em tudo o que é realizado. E é disso que eu gosto, aliás que nós, meu marido e eu gostamos (além da Manu ter aprovado a mudança também).

Somos do tipo que não gosta de escolas que chamam a professora de “tia” e mesmo que “Dona” possa parecer exagerado, acho que transfere o respeito e a autoridade que o professor deve ter e isso nunca é demais. Da mesma forma, o estabelecimento de ensino não é quintal para os pais, como eu até havia dito, mas sim um local de estudo, rotina e disciplina que deve sofrer interferências mínimas de entra-e-sai de pai e mãe. Mas isso não precisa excluir encontro de pais e dia da família do calendário escolar. Ao contrário, essas datas já estão programadas e agendadas!

Enfim, estamos todos felizes e satisfeitos com a escolha, com a decisão, com a Dona e com o Hino Nacional.
E vocês, também estariam?

Originalmente postado em: http://bit.ly/GKAMNf

 

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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mensagem enviada

  • Roseli disse:

    Nossa, que legal o seu texto! Ano que vem, meu filho vai para o 1. ano, e estou exatamente nesta fase de definicao de escola. Eu queria uma escola bem construtivista de verdade, que combinasse com o jeito irreverente do meu filho. Atualmente, ele esta em fase de alfabetizacao, e noto que ele esta indo muito bem, entao penso que uma escola tradicional nao seria tao ruim. Muito bom “escutar” sua opiniao. Da sua colega psicologa.

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