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Por que o pai deve ser participativo?
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Por que o pai deve ser participativo?

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02/12/2011
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Os homens têm papel fundamental no desenvolvimento infantil e da personalidade dos filhos

Eu tenho notado ultimamente uma legião de pais extremamente participativos na vida e na criação dos filhos. Os que trocam fraldas, dão banho, mamadeira de madrugada, enfim, relatos de participação paterna como não se via há algum tempo.

Acho que é uma característica da geração atual. Tenho certeza de que a onda do feminismo contribuiu para isso, direitos e deveres iguais para homens e mulheres.

Sou uma mulher nada feminista, não levanto a bandeira dos direitos e deveres iguais, mas tenho em casa um marido participativo ao extremo e os meus filhos também têm a vantagem de ter um pai presente, que atua como modelo e referência de uma paternidade positiva.

No caso da nossa família numerosa – três filhos! – seria impossível uma pessoa, a mãe, no caso, ficar se matando para cuidar e educar os filhos e o marido lá sentadão e folgadão assistindo ao futebol? Ele nunca foi assim, nem mesmo quando tínhamos só a Manu. Sempre foi pai de verdade, presente e participativo em tudo (até demais: do tipo que se sente um ET em reuniões da escola, quando só as mães estão presentes, ou em festinhas infantis, em que elas também são as encarregadas de levar as crianças).

Mas, enfim, o que eu quero dizer e refletir aqui com vocês não é o feminismo ou uma família numerosa que faz com que o homem atue de fato na criação dos filhos. Tenho como valor familiar que o marido deve participar e exercer a “paternidade ativa”. A criança não é só da mãe, a presença e a figura do pai são de extrema importância para o desenvolvimento infantil e da personalidade. Portanto, os pais têm uma missão importantíssima na vida dos filhos.

É claro que nenhum pai poderá substituir a mãe no momento da amamentação, mas quando a criança passar para a mamadeira, por exemplo, ele deve sim se encarregar de alimentá-lo. Não só por ser possível ou simplesmente por ajudar uma mulher cansada de levantar de madrugada, mas é fundamental que o filho saiba que, no mundo, existe pai e mãe, homem e mulher, que agem e cuidam de maneiras diferentes.

Sabe a criança que estranha o colo de todo mundo porque passa o dia inteiro grudado e pendurado na mãe? Então, a função paterna é de expansão do horizonte materno, o homem é quem introduz o mundo na vida da criança além da simbiose, natural no princípio da vida, entre mãe e filho. O marido deve ter iniciativa e a mulher deve permitir, reforçar e incentivar a atitude.

Uma vez ouvi uma mãe (o marido deveria ser pouco presente na criação das crianças) dizer que “pai gosta de filho de banho tomado, limpinho, cheiroso e alimentado”. Acho triste, tanto para o homem, quanto para o filho. Psicologizei um pouco até, mas nem é necessário. Se quiserem se inspirar no feminismo, ótimo, mandem ver, mas ainda prefiro a “paternidade ativa” como valor vital para uma família saudável.

Originalmente postado em: http://bit.ly/s010FV

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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