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Cinco noites.
Cinco noites seguidas.
Cinco noites em que um menininho dá a volta na cama e vem me chamar.
Os motivos são os mais variados: sede, medo, dor de ouvido, saudade.
Ele vem, se encosta, mia na minha orelha e ganha espaço.
E sempre às 3 da manhã.
E sempre eu fico sem dormir até às 5, horário que o despertador grita não toca.
Cinco noites.
E eu nem me arrisco a fazer as contas das horas perdidas.
Não sou louca. Nem gosto de sofrer.
Mas cinco já me parece um número grande demais.
Retomemos então um outro tipo de desmame.
O do meu travesseiro.
Essa noite empresto o meu pra ele e vejo se resolve.
Mas peraí!
Papai tá indo viajar hoje?
Dias fora?
Esquece tudo.
Mamãe e filhote panda dormirão abraçadinhos.
E se os cães quiserem também serão bem vindos.
Passou o cansaço.
Aha Uhu! A cama agora é nossa.
E daqui uns dias eu retomo esse desmame.
Pra quê a pressa né?