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É comum as crianças serem manhosas ao se sentirem trocadas pelo ganha-pão dos pais
Preciso de explicações.
Freud? Psicólogas de plantão? Alguém?
Tenho dúvidas…
Ou eu estou totalmente por fora ou pari um anão maquiavélico ou um geniozinho dos mais sacanas.
Tá.
Vou contar.
Ultimamente, Isaac tem judiado um tanto do meu pobre coração materno.
Resolveu implicar com meu trabalho.
Sim! O menininho de dois anos de idade, que crio com todo amor e carinho, brinco, educo, alimento e rolo no chão por meio período, a maioria dos dias da semana, agora solta frasezinhas do tipo:
– Eu não gosto da rádio. A mamãe vai lá e eu choro.
– Mamãe não vai trabalhar hoje. Eu fico triiiiiste (esse triste é arrastado assim mesmo e cheio de bico).
– Mamãe, você MORA na rádio? – eu respondo que não, que só trabalho. Ele continua: – MORA sim, muito.
– Você estava na rádio? – se eu respondo que sim, é fatal: – Eu chorei porque eu queria você.
Pergunto: vamos brincar filho? A resposta vem na cara: – Você não. Você vai à rádio.
Bom, isso é uma amostra.
Some a isso as caras e bocas mais caprichadas do planeta e todo chororô necessário pra afogar qualquer mãe moderna e descolada em culpa das mais pegajosas.
Oh vida! Oh céus!
ATUALIZANDO: e pra provar que mãe, se não é dramática, vive intensamente cada fase do filho, hoje com 4 anos Isaac é fã do meu trabalho. Estufa de orgulho pra dizer que a mãe é jornalista, fala no microfone e mexe no computador. E chorou quando, num dia de cansaço pleno, eu disse que não queria mais trabalhar.