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Além da receita do mês, trago mais um personagem para esta aventura
Sumi um pouquinho. Fui ali, mas já voltei. E trago novidades: em breve, as histórias dessa coluna ganharão mais um pequeno herói. Trata-se do mais novo membro da família que chegará ao mundo logo, logo. Sim, é isso mesmo. Você entendeu bem, eu estou grávida!
E tão logo esta notícia é dada, as pessoas me perguntam: “E o Tomás, como está com isso?”
Ele está ótimo.
Claro, no começo ele não gostou muito, mas também não fez nenhum esforço pra esconder. Ele sempre foi uma criança muito amorosa e, à medida que o tempo foi passando, parece que a ideia foi assentando e lhe parecendo cada vez mais atraente: logo o irmãozinho seria seu amigo e brincariam de dinossauro juntos. E de carrinho. E de 3 porquinhos também!
Foi ele quem contou pras professoras que tinha um irmãozinho. Contou ainda pra Dinda, que um dia foi buscá-lo na escola. Ele aproveitou e até deu o nome pro irmão, antes mesmo da gente ter certeza que era menino ou menina. Falava pra todo mundo que se chamaria Filipe e não havia meio de convencê-lo do contrário.
Lá pelas tantas, quando já tínhamos escolhido o nome de verdade, o Tomazinho não queria nem saber.
“Filho, da onde você tirou Filipe?”
“Tirei do meu irmão.”
“Mas você tem algum amiguinho na escola chamado Filipe?”
“Não.”
“Na natação?”
“Não.”
“Mas quem você conhece que se chama Filipe, então?”
“Ninguém.”
“Porque você escolheu esse nome?”
“É o príncipe da Bela Adormecida, mãe!”
Aaaaaah, tá… Claro, como não? E com essa, eu fiquei olhando enternecida pro pequeno até finalmente conseguir juntar as palavras pra continuar “Ah, meu docinho! Que coisa mais linda você querer que seu irmão seja um príncipe, mas a gente já decidiu que o nome dele vai ser David.”
“Tá bom, mãe.” Ele respondeu, tranquilamente e, antes que eu pudesse ter tido qualquer reação de satisfação, ele completou “Mas eu vou chamar ele de Filipe.”
E continuou assim. Não havia nada que eu ou alguém dissesse que o fizesse mudar de ideia: o irmão dele seria o Príncipe Filipe. E ponto final.
Resolvi então mudar de tática, já que explicar que quem escolhia o nome dos filhos eram seus pais – convenções sociais que parecem lógicas para adultos que, às vezes, não apelam para as mentes mais livres como as das crianças.
“Como chama mesmo seu irmão? Deixa ver se você é sabido.”
Tomás riu antes de responder, já sabendo o que vinha pela frente “É Filipe, ué.”
“Não, filho, é David!”
“Não, é príncipe Filipe!”
“Tá… E por acaso a gente pode chamar ele de Eric, que nem o príncipe da Pequena Sereia?”
Ele pensou um pouquinho, olhou pra cima, realmente considerando o ponto. “Pode”, respondeu certeiro.
“Ah! Mas se o problema é ser príncipe, Davi foi um rei!”
“Um rei?”, perguntou num misto de desconfiança e surpresa.
“É! Um rei. Davi foi um rei muito, muito importante, escolhido pelo próprio papai do céu.” E vendo que estava funcionando, completei “E sabe do que mais? Quando ele era menino, antes de virar rei, Davi derrotou um gigante!”
Ele arregalou os olhinhos, maravilhado “Um gigante?!”
“Um gigante! O nome dele era Golias.”
Dali em diante, quando alguém perguntava sobre eu estar grávida, ele dizia “É o meu irmão, o nome dele é David. Ele derrotou um gigante!”
E, pra compor com uma história tão grande, a receita de hoje é bem pequenininha, mas digna de realeza!
Trata-se de uma calda de caramelo com coco que vai bem com praticamente qualquer coisa (até sozinha), mas combine com esse sorvete de banana e terá uma bela sobremesa – que, de quebra, é completamente livre de laticínios! Então, se você tem um filho alérgico, é uma ótima pedida.
Calda de Caramelo com Coco (sem laticínios)
Rende aproximadamente 1 xícara
Ingredientes:
– 1 xícara de açúcar
– 3 colheres (sopa) de água filtrada
– 3 colheres (sopa) glucose de milho
– 200 ml (1 garrafinha) de leite de coco
Modo de preparo:
Em uma panela pequena (tipo de molho), junte a água, açúcar e glucose de milho e leve a fogo alto. Deixe ferver, sem mexer para que o açúcar não cristalize. Se necessário, use um pincel com água para dissolver eventuais cristais de açúcar que se prendem nas bordas da panela.
Quando a mistura atingir um tom âmbar escuro, retire a panela do fogo e, cuidadosamente, coloque o leite de coco pouco a pouco, mexendo vigorosamente com um fouet. Tome cuidado, pois a mistura irá borbulhar bastante e soltar um vapor muito quente.
Volte à calda para o fogo alto e deixe ferver, mexendo de vez em quando, até que atinja uma consistência mais viscosa, um pouco acima de ponto de fio (~111ºC). Tire do fogo e mexa bem para ajudar a abaixar a temperatura. Coloque a calda em um pote e deixe esfriar completamente.
mensagem enviada
Linda “estória”, Bia! Certeza que tanto Tomás quanto David vão se lembrar sempre dela. Parabéns a toda família!
Obrigada! Também acho que será uma anedota que ficará para a história 😉