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Com direito a alguns comentários que deixariam muitas mães de cabelos em pé
Eu tomo supercuidado com tu-do o que explico pro Isaac.
Escolho muito o que falo na frente dele.
Ensino. Demonstro. Comento.
Lógico que não sou a peneira mais perfeita do universo, mas vá lá, dá pra se informar e tentar salvar o mundo de um ser sem noção e sócio-político-econômico-e-ecologicamente incorreto.
Digo isso porque tenho ficado petrificada com alguns exemplos.
Outro dia no zoológico, ouço uma menininha de 6/7 anos toda eufórica por conseguir ler as placas de identificação das jaulas:
– Olha mãe! A onça pintada! Olha mãe! A onça parda!
E a mãe lá, achando tudo aquilo um saco e conversando com a amiga do lado que queria ver outro animal sei lá eu qual.
E a menina continua gritando, na tentativa de ser ouvida:
-Mãe! Os leões são car-car-carnívoros!
Eu estava achando até uma belezinha estar presente naquele momento de tantas descobertas, mas a vida é uma graça.
Às vezes sem graça, confesso.
A menina leu uma plaquinha e surtou:
– Mãe! Mãe! Vem ver! É o tamanduá bandeira!
E a mãe nem tchum…
– Mãe! Olha o tamanduá bandeira! O tamanduá, mãe!
E, num desespero ímpar em ser ouvida, a pequena futura bióloga ou militante do Greenpeace insiste:
– Mãe! É o tamanduá bandeira!
E aumentou o volume:
– É um animal em extinçããão!!!!
Aí me vira a mãe.
(Aquele ser que a gente imagina que, nos dias de hoje, aquecimento global aí, natureza, desmatamento, combustível, furacões e terremotos, vá se orgulhar do comentário da cria…).
Como se tivesse em um cômodo repleto de tamanduás bandeiras, onças pintadas, pardas e micos leões dourados e manda a pérola:
– Tá, fulana, se já tá em extinção a gente não precisa nem olhar…
Afffff…
Só pra completar.
No mesmo dia, não muito longe dali, em frente ao recinto das lhamas, escuto:
– Olha vó! Os camelos.
Me vira a vó em questão, toda envergonhada com o erro do neto já grandinho, e manda:
– Não são camelos, fulaninho, são dromedários!!!
Affffff…