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Para as crianças, nem tudo o que elas veem é o que parece
Sábado de solzinho manso, gostooooso de passear.
Fomos Isaac e eu dar uma voltinha e paramos pertinho da quadra, onde dois senhores jogavam tênis.
Pequeno ficou louco.
Assistiu, bateu palmas e vibrou quando achou que deveria. Torceu mais por um que pelo outro, pulou e imitou o barulho da bolinha quando batia no chão.
Ficou encantado com a raquete e logo já estava esticando os bracinhos, querendo que fosse dele.
Aproveitei pra explicar que jogo era aquele, que tênis não era só de colocar no pé, o que era a raquete, que um perdia e o outro ganhava e que ele precisava crescer mais um pouco pra experimentar o esporte e tals.
Tá. Quando o jogo terminou, o filhote fez tanta festa, que levou de presente uma das bolinhas da partida.
Noooossa! Foi a glória.
No resto do passeio, ele ficou olhando pra bolinha, jogando a bolinha, admirando, analisando, curtindo.
Agora saca o papo:
– Gostou da bolinha filho.
– Gotô.
– Que moço bacana, né Isaac?
– Moço deu boinha.
(aí eu com essa mania louca de querer que o papo nunca termine)
– E onde o moço estava, filho?
– Lá iogando.
(só mais um tiquinho de estímulo, vai… )
– Jogando o quê, filho?
– Moço iogando papato…
Publicado Originalmente em: Viajando na Maternidade