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A verdadeira rede social é aquela que estabelece relações e laços afetivos na vida cotidiana das pessoas
(O assunto pode parecer descabido, mas, por favor, acompanhem o meu raciocínio e entenderão onde eu quero chegar.)
Há exatos 10 anos eu dava o start para o que se tornaria o meu trabalho de conclusão de curso, o famoso e temido TCC. A inspiração veio a partir de um caso atendido por mim na clínica psicológica da faculdade. Para não prolongar muito e não entrar em mais detalhes, o resumo é de que se tratava de uma mulher, já na terceira idade, que teve uma vida muito, muito particular, sofrida e complicada, o que resultou na vivência de uma velhice extremamente solitária.
Na época, o caso me levou às reflexões mais profundas, discussões em supervisão à exaustão, até que resolvi elaborar melhor e definir o meu TCC. Ainda resumindo, o meu trabalho tratou das relações sociais na velhice. Contou com uma base teórica elaborada e pesquisada por mim e pela minha orientadora e houve a parte prática: entrevistas com os queridos velhinhos e velhinhas.
As entrevistas eram mais ou menos livres. A ideia era de que os participantes me contassem como eram as suas vidas do ponto de vista social. Quem eram suas companhias, o que costumavam fazer no dia a dia, em ocasiões especiais, em situações emergenciais e etc. Mas falamos principalmente de pessoas e vida social.
Vejam só: o trabalho foi desenvolvido antes mesmo do lançamento do Orkut e a minha conta de e-mail, por meio da qual eu enviava arquivos dos capítulos do meu TCC para a minha orientadora, era uma tal de @zipmail. Podem concordar: faz tempo.
Só que, um dos princípios teóricos que eu adotei para análise do material fornecido pelas entrevistas chamava-se “REDE SOCIAL”.
A rede social de um indivíduo foi um diagrama construído, após a entrevista, que continha a pessoa entrevistada no centro e alguns círculos ao redor, os quais caracterizavam os outros seres humanos que faziam parte da vida dela.
Cada um dos círculos tinha um nome: afetivo, familiar, das amizades, da igreja e de quaisquer outros citados pela pessoa em questão. Além das circunferências, havia o grau de proximidade entre cada uma delas. Afinal, ter uma família extensa e numerosa, não garante uma enorme ceia de Natal, certo?
Ouvi as histórias mais variadas que vocês nem podem imaginar, mas, no geral, o sentimento de solidão estava presente nos relatos da experiência da velhice.
Isso me traz de volta ao presente, aos dias de hoje, às redes sociais popularmente difundidas, mas nunca tão complexas como as que eu diagramei para o meu TCC. E, foi durante um momento de insônia, que eu resgatei o meu TCC, fiz uma relação (meio doida?) com a minha vida presente, parei para pensar (com certa melancolia e até tristeza, confesso…) e resolvi postar e compartilhar com vocês.
Isso não é, de maneira alguma, uma crítica às redes sociais, nas quais eu me divirto, compartilho, comento, curto, tuíto, retuíto, respondo mentions e etc. Trata-se mais de uma reflexão, principalmente pelo momento de vida em que eu estou.
Os meus filhos têm tido cada vez mais programas e compromissos e eu me reconheço pela tal da “soccer mom”, sabem? Aquela que carrega a galera para cima e para baixo, para a escola, o clube, a festinha, buscando, levando e sempre abrindo espaço para um ou mais amiguinhos. Bato papo no vestiário do clube, na porta da escola, na salinha de brinquedos do prédio, na praia. Os meus filhos compartilham os lanchinhos pós-natação, os brinquedos na beira do mar e eu tenho notado quantas pessoas de verdade e reais fazem parte da minha vida, no momento presente.
Também notei o quanto que algumas pessoas superativas nas redes sociais e em seus blogs pessoais acabaram “sumindo” da vida virtual. Acabei concluindo, pura e simplesmente, que a vida virtual pode cansar, o Facebook pode se Orkutizar e a gente acaba voltando para a vida real. Afinal, a verdade verdadeira é que ela é que importa e que é real, certo?
Outro dia, a Manu ficou insistindo para que uma amiguinha da escola nova viesse em casa. Eu não tinha o telefone da mãe, o e-mail, o Facebook, o Twitter dela, nada, nada! Pois, fui à maneira antiga: fiquei na porta da escola até a menina e a mãe aparecerem. Quando chegaram, falei: “a Manu tá doida para que a Fulana venha em casa HOJE, pode ser?”. A mãe topou, a garota se animou, combinamos tudo, trocamos telefones e endereços em um pedacinho de papel fornecido pela escola.
Assim que eu cheguei em casa, peguei uns papeizinhos bonitinhos e fiz bilhetinhos personalizados para cada um dos amigos do Joaquim e do Pedro. Mais ou menos assim: “Oi, Fulana! Vamos combinar de brincar juntos? Pede para a sua mãe ligar para a minha e etc, ass: Pedro e Joaquim, mãe Camila, telefone XXXX-XXXX”. Eu poderia fazer no computador, imprimir na laser jet multifuncional, mas preferi ir de tradicional mesmo, bilhetinhos personalizados escritos à mão.
Pode parecer cedo, mas quando eu fizer a minha rede social (o diagrama daquele conceito psicológico), quando for bem velhinha, quero garantir muito círculos, cheios de pessoas e todos bem pertinho de mim!
Originalmente postado em: http://bit.ly/GUPKTH
mensagem enviada
olá Camila Colla
Como vai?
Preciso de informação sobre: Noções Práticas de higiene, saúde, alimentação, amamentação e primeiros socorros com crianças de 0 a 7 anos de idade.
Obrigado
Vitor
17- 8124-8967 (disponível) e 17- 3386-2300 ( somente das 18 às 22 horas)
ps- você é linda!!!
Olá Vitor, siga nsso blog, pois discutimos estes assuntos diariamente. Tem também ferramentas de busca que vc pode ver os assuntos publicados neste 1 ano de funcionamento.
Isso é muito legal porque, acho que todos nos sentimos falta da verdadeira vida social.