PESQUISAR
Nem todas as regras conseguem driblar o sentimento entre mãe e filho
Mãe acha tudo fofo.
Concordo.
O filho pode ser das criaturas mais sem vergonhas do planeta, mas a gente baba.
Cara de pau é motivo de orgulho.
Safadezinhas mirins viram assunto pra conversinha-competição-na saída-da-escola.
Uma coisa.
E Isaac não vale nada.
No bom sentido, claro.
Hoje em dia, estuda jeitinhos de nos enrolar pra ganhar presentes.
Nós resolvemos que agora ele só é presenteado nas datas obrigatórias.
E lógico que ele vive tentando driblar tal regra.
– Quelo isso! – apontam os dedinhos pra tela da televisão.
E no lugar de falar NÃO, eu jogo com ele.
– Quer de quê?
Ele olha desconfiado e espera que eu continue a prosa.
– De aniversário?
Isaac pensa. Pensa na lista de desejos que já tem pro dia 25 de agosto.
– Não.
– Dia das crianças?
– Hummm… Não.
– De Natal?
Suspiro.
– Não.
– Então você não quer, Isaac?
– QUELO!
– Então quer de quê?
– De calinho…
Vale nada!
Mas eu gosto.
Amo, aliás.