A pediculose (piolhos) da cabeça é doença parasitária que atinge todas as classes sociais, e principalmente crianças em idade escolar. É transmitida por contato direto ou através de bonés, gorros, pentes ou escovas de cabelo de indivíduos contaminados.
Provoca intensa coceira no couro cabeludo, podendo atingir também o pescoço e região superior do tronco, onde às vezes observamos pontos vermelhos semelhantes a picadas de inseto. O ato de coçar pode promover infecção secundária por bactérias, com eventual aparecimento de gânglios no pescoço. Outra característica é a presença das lêndeas (ovos do parasita) grudados aos fios do cabelo e de cor esbranquiçada.
Segundo o dermatologista do Hospital Sabará, Bernardo Wagon, o tratamento pode ser feito com aplicação local de medicamentos ou por via oral conforme o peso. Deve-se repetir após 7 dias. Casos de difícil tratamento têm melhor resultado associando-se oral e local. O uso de pente fino para retirada dos piolhos e lêndeas é muito importante, visando remover em sua totalidade, já que os medicamentos não eliminam os ovos. Lêndeas não retiradas dão origem a novos piolhos.
Para remover lêndeas, misture vinagre e água em partes iguais, embebendo os cabelos por meia hora antes de passar o pente fino. É recomendado manter os cabelos curtos, examinar a cabeça em busca de parasitas e usar pente fino ao chegar da escola. Meninas de cabelos longos devem prendê-los. A escola deve ser comunicada quando da presença da doença para que os outros pais verifiquem a cabeça de seus filhos, interrompendo assim o ciclo de recontaminação.
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Atualizado em 18 de janeiro de 2024